O gene de outra planta que não sofre tanto com a falta de água foi inserido no embrião de sementes de soja. Nessa fase os pesquisadores começam a monitorar o sucesso do procedimento ? a confirmação dos genes. Em seguida, os experimentos de sucesso seguem para a Casa de Vegetação, onde se transformam em plantas adultas.
? Quando a planta precisa de água ela ativa esse gene, e ele, por sua vez, ativa os genes pertencentes à planta de soja, que vão dar proteção maior contra a perda de água ? explica o pesquisador Ricardo Vilela Abdelnoor.
A transformação genética, assim como as condições de clima e solo, influencia na sobrevivência e produtividade do grão. De acordo com Abdelnoor, as sementes devem ser aptas a todas as regiões produtoras do país.
A Embrapa vai começar os testes de campo com a cultivar de soja mais resistente à seca no ano que vem. Depois serão mais cinco anos, em média, para que a pesquisa dê retorno e possa ser avaliada pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio). Só depois de aprovada pelo órgão é que a variedade poderá ser oferecida aos produtores.