Emissões por desmatamento caem 16% na Amazônia na comparação com 2011

Atual cálculo das emissões estimado pelo INPE também revela a redução de 64% em relação aos valores estimados para 2004O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) concluiu as estimativas de emissão por desmatamento na Amazônia em 2012. De acordo com o sistema INPE-EM, foram emitidos 352 MtonCO2/ano (milhões de toneladas de dióxido de carbono), o que representa queda de 16% nas emissões em relação a 2011.

Os dados foram calculados a partir dos resultados do PRODES 2012, que estimou 4.665 km² de corte raso na Amazônia Legal no último período.

O atual cálculo das emissões também revela a redução de 64% em relação aos valores estimados para 2004, ano em que foram desmatados quase 28 mil km² na Amazônia Legal. As estimativas do INPE-EM serão atualizadas após a divulgação dos dados consolidados do sistema PRODES, oportunidade em que serão apresentados também os resultados da emissão por Estados em 2012.

Desenvolvido por pesquisadores do Centro de Ciência do Sistema Terrestre (CCST) em parceria com a Coordenação de Observação da Terra (OBT) e o Centro Regional da Amazônia (CRA), além de instituições colaboradoras nacionais e internacionais, o INPE-EM gera resultados a partir dos dados do PRODES, sistema baseado no monitoramento de satélites do próprio INPE que calcula o quanto a Amazônia perde de floresta primária a cada ano.

Cerca de metade da biomassa florestal é composta por carbono, que é liberado na forma CO2 pelas queimadas, desmatamentos ou outras alterações no uso da terra. A velocidade da transferência de CO2 para a atmosfera está relacionada às causas do desmatamento – exploração madeireira, estabelecimento de pastagens para pecuária, agricultura mecanizada de larga escala, agricultura familiar, etc.