Encontro da Redeagro discute sucessão familiar

Evento visa discutir melhorias para práticas empresariaisA Redeagro, uma aliança firmada entre quatro empresas do setor do agronegócio, realizou nesta sexta, dia 31, no Rio de Janeiro, um encontro para discutir temas sobre governança e sucessão familiar. O evento visa discutir melhorias para práticas empresariais.

A paixão pela pecuária sempre esteve presente na família Savassi. Um sentimento que passou do pai para as filhas Renata e Luciana. Além de irmãs, hoje elas também são sócias e juntas gerenciam uma fazenda com 8 mil cabeças no município de Santa Vitória, no pontal do Triângulo Mineiro.

– Quando meu pai faleceu e nós entramos na empresa tivemos que pegar tudo desde o início. Nós coletamos os dados e tivemos que estabelecer o que seria a função de cada uma. Foi aí que nós entramos com a prodap que deu uma força muito grande para estabelecer a função de cada uma na empresa, colocar metas – afirma Luciana Savassi.

Na fazenda cada uma tem seu papel. Enquanto Luciana cuida da parte operacional do rebanho, Renata fica responsável pelos números e gerencia a área financeira.

– Não pode deixar passar pontos batidos, definir o organograma cada uma seguir com sua função e juntas colocar aquele chapéu de sócias, porque somos sócias, companheiras irmãs e amigas ao mesmo tempo – diz Renata.

O sucesso da parceria entre as irmãs nem sempre é a regra nesse mercado. Em muitos casos, a sociedade entre membros da mesma família pode ser um problema. A relação pode ficar desgastada, se faltar diálogo e objetivos pré-definidos .

– Onde essa família quer chegar com os negócios ,se ela vai manter a produção nas terras, se quer terceirizar algumas coisas, O que é próprio e o que não é e o envolvimento da família na gestão e nos negócios devem ser definidos – comenta a especialista em sucessão, Professora Maria Teresa Rescoe.

Para Marcelo Barbosa, advogado especialista em Direito de Sociedade, é importante que os integrantes tenham um respaldo jurídico na hora de tomar as decisões.

– Se todos não estiverem de acordo, esse contrato poderá servir para dizer, por exemplo, que decisão em uma matéria A, B ou C será tomada com 80% 70%, então isso fica resolvido e cada um já sabe como funciona. Então o contrato é aquele documento que você consulta na hora em que falta o entendimento comum, porque esse entendimento já foi estabelecido inicialmente – afirma Barbosa.

Mas a melhor receita, Luciana sabe bem qual é:

– Muita união muito respeito e muita conversa.