Para entender a construção da quinta maior economia mundial, é preciso conhecer o alicerce. O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, apresentou o ingrediente do desenvolvimento brasileiro nos últimos anos. É a política monetária, com juros altos, mas que vem mantendo a inflação sob controle e conseguiu diminuir no Brasil os impactos da crise financeira mundial.
Os demais palestrantes apresentaram os entraves ao crescimento da economia brasileira e foram unânimes. Falta infra-estrutura, logística, investimentos em educação, política fiscal mais eficiente. Nouriel Roubini, o homem que previu a última grande crise financeira disse temer que a inflação cresça demais no Brasil. Ele também ressaltou a necessidade mais investimentos.
? Se o Brasil investir mais em qualificação e em infra-estrutura para explorar recursos da mineração, do setor de energia e da agricultura, o crescimento da economia brasileira estará garantido mesmo com as variações do mercado ? disse Nouriel Roubini.
A poucos meses das eleições, os temas discutidos aqui dão uma idéia do desafio que o próximo presidente da República vai ter: o de estimular e manter o crescimento da economia brasileira de forma equilibrada.
Para a pré-candidata do PT, Dilma Rousseff, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), é fundamental para se alcançar esse objetivo. Os investimentos em infra-estrutura no país devem ter maior participação da iniciativa privada e do mercado de capitais.
? Os investimentos não podem ficar concentrados no BNDES. Os fundos de pensão devem participar mais ? avaliou Dilma.
Porém, para o pré-candidato do PSDB, José Serra, os impostos e a política monetária atual inibem esses investimentos. Ele calcula que o país precisa crescer, em média, 4% ao ano, se quiser ter a quinta maior economia do mundo daqui a três décadas.