A facilidade para comercializar a soja e o período de preços altos fez com que as vendas do Estado no período totalizassem 1,66 milhão de toneladas do grão, 842,3 mil toneladas a mais que no primeiro bimestre de 2011.
A China, destino de 45% dos embarques, foi a principal responsável pelo aumento. Além do maior interesse dos compradores, a agilidade dos trabalhos no campo também contribuiu para o avanço das negociações.
— Acho que é conjuntura da época. Este ano plantamos e colhemos na hora. Ano passado não. Com a colheita só a partir do final de fevereiro, não permitiu que houvesse exportação da soja nos dois primeiros meses. Por isso essa diferença tão grande — afirma o superintendente do Instituto Mato Grossense de Economia Agropecuária (Imea), Otávio Celidônio.
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Nos últimos 10 anos apenas as exportações realizadas no início de 2006 alcançaram um volume semelhante. Naquele ano, 1,22 milhão de toneladas de soja produzidas no Estado foram vendidas para fora do país.
Já com o milho, o motivo para a redução está na forte procura pelo produto no mercado interno. A procura deve manter os preços do grão em patamares elevados.
— O milho já teve situação de estoque ruim. Este ano, com os estoques menores ainda, houve maior dificuldade para exportação. Estamos aguardando a colheita para começar os embarques. O nosso mercado interno tem demandado bastante. Vimos competição, até descolando do preço internacional. Isso ajuda a tornar mais difícil as nossas exportações neste período — explica Celidônio.
