Mais de 125 mil pessoas passaram pela Farm Progress Show, maior feira agropecuária dos Estados Unidos, durante os três dias de evento, no estado de Iowa. Além do público, os 600 expositores também receberam delegações de pelo menos 40 países. Todos atraídos pelas novidades tecnológicas que costumam ser apresentadas na feira.
A Precision Planting, por exemplo, é uma linha de plantio que faz diagnóstico de temperatura, umidade e material orgânico do solo. “É feito um mapa desse solo e de suas características. A partir disso, a plataforma comanda outro sistema para jogar mais ou menos sementes de acordo com a quantidade pré-estabelecida pelo agricultor”, explica o gerente de marketing da empresa, Giancarlo Rocco. Segundo ele, a ideia é trazer a tecnologia ao Brasil em 2019.
Além dos expositores brasileiros, produtores de todo o país passaram pelo evento. O gerente comercial da Coopercitrus Cooperativa de Produtores Rurais, Ricardo Gregorin, afirma que as tecnologias norte-americanas não estão muito além das nossas. “Vimos equipamentos que encontramos no Brasil e foram desenvolvidos lá. Não deixamos a desejar”, defende.
Para o gerente técnico da Coopavel, Marcelo Dariva, a vantagem dos produtores dos Estados Unidos está no manejo das culturas, porque eles têm um solo diferenciado. “Não têm tanta incidência de pragas e doenças como no Brasil, o que está muito relacionado ao clima”, esclarece.
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A chinesa We Ho Ken, secretária geral da Associação Chinesa de Segurança Alimentar, diz que o país asiático já utiliza grandes máquinas, porém, o tamanho das fazendas é menor. Diante desse cenário, a missão dela é “aprender sobre os avanços tecnológicos e entender quais podem ser aplicados na China”, conta.
Mega evento
A cada ano, a Farm Progress Show busca novidades, associando máquinas agrícolas ao entretenimento, diz o organizador Matt Jungmann. “Acrescentamos muitas coisas especiais: passeio de helicóptero, um trator de 13 mil quilos flutuando e muita coisa nova”, afirma.
