EM SÃO PAULO

Fávaro garante que legislação de defensivos será sancionada em 2023

Carlos Fávaro também defendeu uma discussão mundial sobre crises sanitárias envolvendo produtos de origem animal

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, garantiu, durante reunião do Conselho Superior do Agronegócio (Cosag), da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), nesta sexta-feira (14), em São Paulo, que a nova lei dos defensivos agrícolas será “aprovada e sancionada” neste ano.

Fávaro destacou a relevância dos setores público, privado e de parlamentares em políticas públicas que beneficiem o setor.

“O agro não é fruto de um ministro ou da competência de uma única pessoa. Entidades que representam o agro brasileiro são extremamente importantes; nada sairia do papel se não existissem parlamentares muito competentes”, afirmou.

“Além disso, devemos lembrar de quem está no campo, devemos o PIB brasileiro a quem está nas propriedades”, acrescentou.

Fávaro defende discussão mundial sobre crises sanitárias

Fávaro defendeu uma discussão mundial sobre crises sanitárias envolvendo produtos de origem animal.

Segundo o ministro, o debate deveria ocorrer no âmbito da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) como forma de se evitar um colapso no abastecimento.

“Hoje o protocolo é muito rígido e até perigoso para a garantia de suprimento da carne de frango para o mundo. Aqui no Brasil, por exemplo, se ocorrer a gripe aviária em uma granja comercial no Amazonas, desliga a chave e todo o sistema está fechado”, afirmou.

Para Fávaro, as regras internacionais em vigor favorecem um colapso interno e também internacional, já que o Brasil é um dos quatro países que ainda não foram afetados pela ocorrência da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade em granjas comerciais – os outros três são Paraguai, Austrália e Nova Zelândia.

Essa discussão sobre as crises sanitárias, de acordo com o ministro, deveria incluir temas como a regionalização do embargo e a viabilidade ou não da vacinação.

Quanto às medidas de enfrentamento à IAAP, o ministro destaca que o Brasil tem “um grande sistema de defesa agropecuária, transversal e eficiente”, mas é importante que, assim como o governo federal, estados e municípios reforcem o alerta para combater a doença.

Não há registro de focos em aves comerciais e a população pode consumir frango e ovos com tranquilidade.