Camex deve receber esta semana pedido para rever taxa de importação de feijão

Blairo Maggi ressalta que liberação não será mantida para sempre; ministro defende aumento do preço mínimo do milho, que também teve produção afetada por causa da seca

Fonte: Marcelo Lara/Canal Rural

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, afirmou nesta quarta, dia 22, que a Câmara de Comércio Exterior (Camex) deve receber ainda esta semana o pedido para rever as taxas de importação de feijão. “A liberação deve ir até o fim da crise do feijão. Não vamos liberar para sempre”, disse.

Nesta quarta, o governo anunciou que vai liberar a importação de feijão de Argentina, Bolívia e Paraguai como forma de reduzir os preços do grão no mercado interno. A intenção é trazer alívio aos consumidores, que sentiram o aumento de mais de 40% do feijão nos supermercados. O governo ainda planeja retirar taxas de importação do grão para países fora do Mercosul, como China e México.

O ministro disse ainda que os programas que estavam planejados no Plano Safra foram mantidos. “Não houve cortes no Plano Safra”, disse.

Maggi ressaltou também que não há necessidade de intervenção do governo no mercado de milho, embora o Brasil devesse ter um estoque maior do grão. “O volume de milho que produzimos é mais que suficiente para abastecer o mercado interno. Mas como volume grande de milho é exportado, precisamos estar preparados para importar”, disse. 

Milho

Segundo o ministro, outro grão que também teve a safra afetada foi o milho. A fim de amenizar efeitos negativos para os consumidores, por meio do incentivo à produção do grão, Maggi defendeu a subida do preço mínimo da saca.

“Os produtores normalmente fazem opção entre soja e milho em função da rentabilidade. Para o produtor fazer as contas e ver a remuneração mínima [que o estimule a plantar milho], sugiro [um valor de] R$18 a saca”, acrescentou o ministro.

Apesar de defender aumento no estoque de milho, Maggi informou não ver, até o momento, necessidade de o governo intervir no mercado do grão, uma vez que o volume produzido é “mais que suficiente” para abastecimento do mercado interno.