Femec deve movimentar pelo menos R$ 200 milhões, estimam organizadores

Evento, que segue até esta sexta, em Minas Gerais, ocorre em meio a otimismo do setor agrícolaOs organizadores da 1ª Feira de Máquinas, Equipamentos e Implementos Agrícolas (Femec), que segue até esta sexta, dia 30, em Uberlândia (MG), esperam que o movimento econômico na mostra ultrapasse R$ 200 milhões. O motivo do otimismo são os bons resultados das últimas safras de grãos, já que os principais clientes da feira são os agricultores do Triângulo Mineiro, que ainda estão em fase de colheita. A região, somada ao Alto Paranaíba e o noroeste de Minas Gerais, concentram cerca de 80% da prod

– A grande virtude é a diversidade. Somos os primeiros em café e em leite, mas temos todos os produtos e de qualidade – aponta.

A expectativa positiva é compartilhada pelos produtores, tanto para a produção quanto para a renda desta safra.
 
– Será uma safra razoável para muito boa, com sustentação de preços. Hoje trabalhamos com a média de preços e produtividade – diz o agricultor João Carlos Semenzini.

A crescente demanda por investimentos é um indicativo de que o cenário é satisfatório para o setor. Uberlândia é conhecida como a Capital Nacional da Logística, mas o potencial de agronegócio não é a principal referência. Segundo o presidente do Sindicato Rural do município, Thiago Soares Fonseca, a Femec foi criada para comprovar a força da produção diversificada de grãos nesta região, aproveitar a logística de fácil acesso, além da estrutura, e alavancar bons negócios.
 
– Identificamos esta demanda reprimida principalmente para a agricultura familiar, que encontra dificuldades para deslocamento a feiras mais distantes. E aqui estamos bem localizados e preparados – relata.

Um dos destaques da mostra é uma plantadeira de mandioca com capacidade para atender sete hectares por dia. Para o diretor de marketing da empresa expositora do equipamento, os pequenos produtores já fazem parte significativa do planejamento das companhias.

– Vemos que 70% da produção vem da agricultura familiar. E há dificuldade com os custos da mão de obra, cada vez mais escassa. Por isso, a mecanização é a saída – pontua.

O agricultor Vicente Macedo apostou na compra de um trator durante a feira. Produtor de soja há seis anos, ele também investe em pecuária leiteira. E afirma confiar no mercado para as próximas safras.

– Nós temos condições de continuar produzindo para atender os chineses, por exemplo, que vão continuar firmes comprando. Isso nos traz preços estáveis – opina.