O lugar escolhido para colocar a barraca branca com mil metros quadrados foi o centro nervoso da capital gaúcha. Um local onde quase ninguém encontra tempo para nada, a não ser para andar mais depressa. A feira é quase um oásis no meio da selva de pedra.
O sapateiro Teófilo Torres parou para sentir o perfume das flores.
? Dizem que é terapia. Eu falei uma vez com um médico e ele disse que tem que ter flor em casa. Quem tem flor em casa, tem vida em casa ? declarou.
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São mais de 20 mil vasos e 200 espécies de flores ornamentais. A maioria veio de Holambra, em São Paulo, a maior produtora de flores do país. O colorido e os formatos diferentes enchem os olhos dos visitantes. Dos tipos mais tradicionais às curiosas plantas carnívoras, capazes de atacar um inseto.
O evento também oferece oficinas de jardinagem, técnicas para quem quer produzir o próprio bonsai.
O Festival das Flores ocorre no Rio Grande do Sul pela primeira vez. Porém, em outros sete Estados brasileiros ele já é tradição. Em Santa Catarina, passou a fazer parte do calendário turístico de Florianópolis.
A feira é organizada por uma entidade beneficente. Os preços variam de R$ 1,90 a R$ 48. É um universo perfeito para quem já criou intimidade com as plantas, como a aposentado Herna Teixeira Gomes.
? Converso com elas porque dizem que a gente tem que conversar com elas. São vivas ? declarou Herna.
A aposentada não é a única a fazer isso pela feira. O Festival das Flores funciona das 10h até às 21h até o dia 8 de novembro, no Largo Glênio Peres, em Porto Alegre.
