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Governo autoriza cessão de fosfato na Paraíba

O Projeto Fosfato Miriri abrange sete processos minerários e está localizado em uma área total de 6,1 mil hectares, ao sul de João Pessoa (PB)

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Foto: Daniel Popov

O governo federal, por meio do Ministério de Minas e Energia (MME) e do Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM), realizou nesta terça-feira (28/9) a assinatura do contrato para cessão do Projeto Fosfato de Miriri para a empresa BF Mineração. A empresa deverá investir em pesquisas geológicas para produção de fertilizantes de fosfato, beneficiando o mercado agrícola do Nordeste.

O Projeto Fosfato Miriri abrange sete processos minerários e está localizado em uma área total de 6,1 mil hectares, ao sul de João Pessoa (PB). A área abrange os municípios paraibanos de Alhandra e Pedra do Fogo, além de Goiana (PE).

“Além de gerar emprego e renda, esse investimento vai atender a uma necessidade essencial da agricultura brasileira. Apesar de o Brasil ser um dos maiores produtores de alimentos do mundo, nós ainda somos um grande importador de fertilizantes, o que aumenta o custo do alimento. Com esse empreendimento de Miriri, o custo será reduzido, beneficiando o cidadão local e também toda sociedade brasileira”, afirmou Bento Albuquerque.

O fosfato é um dos principais insumos para produção de fertilizantes minerais, amplamente utilizados pela indústria do agronegócio. Atualmente, o Brasil depende largamente da importação desse produto mineral. A limitada produção brasileira de fosfato está concentrada na região centro-sul. O projeto Fosfato de Miriri tem potencial para reduzir a dependência de produtos importados na região Nordeste.

“O Serviço Geológico cumpre seu papel ao disponibilizar esses ativos minerários para o parceiro privado, que dará continuidade no projeto visando à instalação de um empreendimento mineral que beneficiará toda a sociedade local”, afirmou o diretor-presidente do SGB-CPRM, Esteves Colnago.

O Projeto Fosfato de Miriri é resultado da pesquisa mineral realizada pelo Serviço Geológico do Brasil entre as décadas de 1970 e 1980. O projeto faz parte do Programa de Parcerias de Investimento (PPI) do Governo Federal.

“A equipe do SGB-CPRM tem trabalhado muito para que estes ativos minerais possam dar o devido retorno à sociedade. Este, de maneira especial, ajuda o país a cumprir a sua grande missão de alimentar o mundo. A parceria com o PPI foi fundamental para o bom andamento, bem como o rigor do TCU, que nos ajuda a melhorar cada vez mais o processo”, afirmou o diretor de Geologia e Recurso Minerais do SGB-CPRM, Márcio Remédio.