A resolução da disputa agrária entre índios e produtores na área da Fazenda Buriti é urgente para o governo devido à morte do índio Oziel Gabriel, que aconteceu durante a desocupação das terras pelos índios, em maio deste ano.
O assessor direto do ministro José Eduardo Cardozo, Marcelo Veiga, pediu aos produtores prorrogação no prazo final dado ao governo federal para o cumprimento das promessas de avaliação e compra das propriedades pretendidas. Em reunião na Famasul, em setembro, produtores rurais estipularam o prazo de 30 de novembro como limite para o governo apresentar proposta concreta sobre o caso.
– Tivemos a garantia do Ministério da Justiça de que o governo já tem o dinheiro para pagar pelas propriedades – afirmou o diretor Financeiro da Famasul, Almir Dalpasquale, depois da reunião.
Segundo Dalpasquale, os laudos com a avaliação das áreas a serem indenizadas já foram concluídos e aprovados por técnicos da Fundação Nacional do Índio (Funai), do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e da Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer). Em reunião no ministério, na semana passada, foi formada uma força-tarefa para concluir a avaliação das propriedades.
– Foram apresentadas datas definidas e direcionamentos para a conclusão da etapa relativa à Buriti. Vamos dar este voto de confiança – considerou o diretor da Famasul.
A reunião também teve a presença dos secretários de Estado de Produção de Turismo (Seprotur), Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias, e de Justiça e Segurança Pública, Vantuir Jacini, do diretor Secretário da Famasul, Ruy Fachini, e do Procurador Geral Adjunto do Estado (PGE), José Aparecido Barcello de Lima.