Governo revisa previsão de crescimento do PIB para 4,5%

Devido à continuidade da crise econômica mundial, foco agora é no estímulo ao mercado internoO governo anunciou nesta quinta, dia 30, a proposta de orçamento da União para o ano que vem, que agora segue para aprovação do Congresso Nacional. A previsão é de um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 4,5%. A meta é considerada ousada em um cenário de continuidade da crise mundial, com os países diminuindo cada vez mais as compras externas. Com isso, o foco se volta para o estímulo ao mercado interno. O governo pretende fazer desoneração de impostos da ordem de R$ 15 bilhões.

O agravamento da crise econômica internacional fez com que o governo diminuísse em 1% a previsão de crescimento do PIB para o ano que vem. Mesmo assim, a nova projeção, de 4,5%, ainda é considerada alta.

– Talvez não seja possível avançar nas exportações, mas podemos avançar no mercado interno. Até mesmo os países asiáticos estão revendo suas previsões. É uma excelente meta de crescimento para o mundo em crise – disse o ministro.

Para estimular a economia, a peça orçamentária de mais de R$ 1 trilhão prevê R$ 15 bilhões em desonerações de tributos que serão anunciadas nas próximas semanas. Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, o desconto deve ser em folha de pagamentos, energia elétrica, PIS e Cofins.

O salário mínimo previsto para 2013 será de R$ 670,95, um aumento de 7,9% em relação a este ano, que terá um impacto de R$ 15 bilhões nas contas do governo. Já os reajustes nos salários dos servidores públicos para o próximo ano terão um impacto de R$ 10 bilhões.

A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, lamentou o fato de 7% do funcionalismo não ter fechado um acordo com o governo e continuar em greve, como é o caso do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

– Priorizamos o Incra que, mesmo com uma proposta diferenciada, não aceitou o acordo. O governo continuará firme para coibir os excessos e o corte de ponto só será revisto se acabar a greve – afirmou.