Agricultura

Grãos: Rio Grande do Sul prevê perspectivas mais otimistas para safra 2020/21

As projeções da safra brasileira de grãos 2020/2021, segundo fontes (Conab) e analistas da área de grãos, deve crescer em torno de 6%, sobre a safra anterior

colheita soja bahia
Foto: Luiz Henrique Magnante/Embrapa Trigo

Os Cenários futuros a médio prazo para os preços de milho e soja indicam possível volta a estabilidade no mercado brasileiro ou no mínimo a patamares mais realistas para estes grãos, de acordo com a Organização Avícola do Estado do Rio Grande do Sul (OARS), que contemplam a Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav) e o Sindicato das
Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Rio Grande do Sul (Sipargs).

Segundo a entidade , informações divulgadas recentemente apontam para queda no mercado “Futuro” de soja na China, devido aos temores e crescentes preocupações de um possível ressurgimento da peste suína africana. Tal situação poderá ocasionar queda expressiva na demanda por este principal grão nas rações de suínos. A demanda de milho na China, provavelmente seguirá mesma situação da soja.

As projeções da safra brasileira de grãos 2020/2021, segundo fontes (Conab) e analistas da área de grãos, deve crescer em torno de 6%, sobre a safra anterior.

O milho, tem projeção de uma produção recorde e poderá atingir 108,1 milhões de toneladas, volume em torno de 5,4% superior a safra anterior. Saproduzidas 23,5 milho 1,8 milha cenário para safras recorde de milho e soja, e mais os efeitos da redução da produção de aves que vem sendo adotada por indústrias e cooperativas do setor, logo ali na frente teremos um cenário mais equilibrado na cotação destes grãos no Brasil”, avalia o presidente da OARS, José Eduardo dos Santos.

Outro fator relevante que a entidade avalia é o avanço da vacinação contra covid-19. “Mesmo ainda necessitando de mais celeridade, poderá trazer estabilidade para a economia, normalizando o fluxo de muitas atividades”, destaca.

A OARS diz que as medidas de contingenciamento relativas a situação dos custos de grãos solicitadas ao governo federal são vitais para evitar prejuízos ainda maiores para o setor e outras áreas envolvidas indiretamente com a avicultura.

Dirigentes do setor avaliam que mesmo surgindo perspectivas de um possível revés nos altos preços de grãos a médio prazo, as indústrias continuarão adotando medidas de enfrentamento à crise como redução de produção, diminuição no peso médio das aves e revisão do quadro de colaboradores.

Os efeitos destas medidas preocupam a avicultura e outros setores da economia que poderão ser afetados com a desaceleração da produção e diminuição de aquisição de diversos insumos, materiais, serviços e principalmente milho e farelo de soja.

O preço do milho nos últimos 12 meses subiu 60,5%, já o preço da soja 84,2%, enquanto a carne de frango e ovos no RS registraram reajustes de 18% no preço do quilo do frango e 12,5% na caixa de ovos com 30 dúzias nos últimos 12 meses. Segundo a entidade, estes ajustes não acompanham a disparada no preço dos grãos, principais insumos das rações das aves.