Economia

Guedes: 'Tereza Cristina e Tarcísio Freitas estão fazendo um belo trabalho'

O ministro da Economia afirmou que a estimativa é de que o país precise de três meses de isolamento, mas ponderou que talvez o Brasil não aguente todo esse tempo

Paulo Guedes, ministro da Economia
Foto: José Cruz/Agência Brasil

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que a estimativa do governo e da  área da saúde é de que o país precise de três meses de isolamento para superar o novo coronavírus, mas ponderou que talvez o Brasil não aguente todo esse tempo.

“Como economista, gostaria que pudéssemos retomar a produção. Como cidadão, ao contrário, aí já quero ficar em casa”, disse Guedes, durante videoconferência promovida pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM). Durante o encontro, Guedes falou também que o contágio pelo novo coronavírus está se acelerando no Brasil, com a previsão de aumento do número de casos até junho.

“Do ponto de vista da saúde, o isolamento teria que ser de três meses. Do ponto de vista econômico, na medida em que (a covid-19) sobe vertiginosamente, a atividade desaba”, avaliou Guedes. O ministro da Economia afirmou que a economia brasileira aguenta ao menos parte do período necessário de paralisação por causa do isolamento, desde que a linha básica para entrega de itens essenciais como alimentos, suprimentos e medicamentos continuar a funcionar.

Do ponto de vista da economia, a gente sabe que um mês a economia aguenta. A Tereza [Cristina, da Agricultura] e o Tarcísio [de Freitas, dos Transportes] estão fazendo belíssimo trabalho. Se a linha básica de alimentação, suprimento, remédio funcionar, pedir comida em casa. Se isso pelo menos funcionar, você estica um pouco. Aguenta 1 ou 2 meses, isso funcionando você talvez aguente os três meses sem o colapso completo da economia. Passou dos dois meses e meio, três meses, a economia começa a se desorganizar. Estamos esticados, espremidos”, considerou.

Em meio aos embates internos no governo federal sobre a importância do distanciamento social e da retomada econômica mais imediata, Guedes disse que é preciso “ter respeito pela opinião dos dois lados”.

“Vamos discutir de forma construtiva. Essa linha de equilíbrio (entre saúde e economia) é difícil. Em dois, três meses vai rachar para um lado ou para o outro”.