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Guerra comercial: entenda o que foi acordado entre Estados Unidos e China

No agronegócio, chineses prometeram comprar entre US$ 40 bilhões e US$ 50 bilhões em produtos agrícolas

Foto: Xinhua

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na última sexta-feira, 11, que um acordo de primeira fase foi feito entre os norte-americanos e a China. Segundo ele, o tratado abrange questões de propriedade intelectual, serviços financeiros, política cambial e exportação de produtos agrícolas. 

“Alcançamos um acordo substancial de primeira fase com a China”, anunciou Trump em coletiva de imprensa logo após sua reunião com o vice-premiê chinês, Liu He, na Casa Branca. 

“Essa primeira parte trata de questões de propriedade intelectual, serviços financeiros e um acordo gigantesco para os agricultores norte-americanos”, disse Trump. Segundo ele, a China prometeu adquirir entre US$ 40 a 50 bilhões em produtos agrícolas.  

“Esse é o maior acordo do tipo já feito em nosso país. Antes, os chineses estavam comprando apenas US$ 8 bilhões de nossos fazendeiros. Aconselho nossos produtores rurais a comprar mais terras”, disse Trump.  

Segundo o presidente, o acordo deve ser documentado e assinado em quatro a cinco semanas se tudo correr bem. Trump disse que ele e o presidente chinês, Xi Jinping, devem se encontrar entre 16 e 17 de novembro durante a reunião dos países participantes da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apea). “Esse seria o momento perfeito para uma assinatura, mas vamos ver”, disse ele.

Para o advogado Robert Lighthizer, e o secretário do Tesouro norte-americano, Steven Mnuchin, o acordo comercial com os chineses deve garantir transparência e segurança para abertura de mercado entre os dois países. 

“Esse acordo será ótimo para os grandes bancos e empresas de cartão de crédito dos Estados Unidos que terão a chance de irem para a China”, disse Trump. 

Segunda e terceira fase  

De acordo com Donald Trump, as negociações devem ter entre duas a três fases. “A segunda começará a ser imediatamente discutida logo após a assinatura da primeira”.

Ele afirmou ainda que mais algumas questões sobre propriedade intelectual serão tratadas na segunda fase das negociações, assim como questões envolvendo comércio tecnológico. “Nesta primeira etapa cobrimos bem a parte de política cambial e comércio agrícola”, afirmou. 

Quando questionados sobre a questão da Huawei, Trump disse que a situação permanecerá como está até as negociações da segunda ou terceira fase. 

Tarifas 

Já sobre o aumento de tarifas programadas para o dia 15 de outubro, que deveriam subir de 25% para 30% em bens de exportação para os chineses, Trump afirmou que ele será suspenso. Sobre o aumento agendado para 15 de dezembro, Lighthizer disse que o presidente ainda não tomou uma decisão definitiva a respeito. 

Segundo Trump, o acordo feito na última semana vai muito além das tarifas e deve significar algo bom não só para China e Estados Unidos, como para o mundo.

Questionado sobre as mais de 30 empresas chinesas colocadas em uma lista negra de investimentos norte-americanos, Trump afirmou que reavaliaria os nomes constados e faria modificações se necessário no documento.

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