O Imea prevê um crescimento de 13,9% no VPB da agricultura, para R$ 23,6 bilhões. Para o VBP da pecuária a projeção é de aumento de 2,6% e o montante deve somar R$ 7,868 bilhões neste ano.
O destaque na projeção do Imea é o aumento de 72,1% no valor bruto da produção de milho, para US$ 3,875 bilhões, impulsionado pelo aumento de 68% na produção, que compensa a queda de 4% nos preços. O VPB da soja em Mato Grosso deve crescer 17,3% e atingir neste ano R$ R$ 14,39 bilhões, graças ao aumento de 4% no volume produzido e de 13% nos preços, segundo cálculos do Imea.
O Imea prevê que o valor bruto da produção de algodão deve cair 17,5% para R$ 3,81 milhões, devido à redução de 33% nos preços recebidos pelos produtores, que foi compensada em parte pelo aumento de 6% no volume produzido. A cana-de-açúcar, quarto maior produto agrícola de Mato Grosso, deve ter aumento de 7,5% no VBP, por causa do crescimento de 10% na produção, uma vez que os preços devem recuar 1% em relação ao ano passado.
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Na pecuária, o VBP da criação de gado de corte deve aumentar apenas 1,1%, para R$ 6,212 bilhões, sustentado pelo aumento de 7% na produção, pois a projeção é de queda de 5% nos preços. O VBP da avicultura mato-grossense deve crescer 9,2% (para R$ 876,8 milhões), da pecuária leiteira 10,7% (para R$ 394,6 milhões) e da suinocultura 5,5% (para 384,9 milhões).
O presidente da Famato, Rui Prado, diz que o cenário para a agropecuária de Mato Grosso é muito positivo. Para se ter uma ideia da importância na soja, diz ele, “as 21,68 milhões de toneladas produzidas em Mato Grosso correspondem a 9,2% da produção mundial e a 32,5% da safra brasileira”.
O superintendente do Imea, Otávio Celidonio, explica que vários fatores conjunturais também contribuíram para o bom desempenho do setor, como a redução da taxa Selic, que está em 9%.
– A Selic baixa estimula novos investimentos, já que tende a reduzir os juros do mercado, favorecendo, por exemplo, a aquisição de máquinas agrícolas – avalia Celidônio.
