– A ideia é a gente não jogar fora o papel. Reaproveitar sempre e reciclar o máximo de material que agente puder. Costumamos usar apara de papel de escritórios, sulfite, A4, que geram bastante lixo. Então, a gente utiliza para poder fazer a massa de papel reciclado – diz.
O processo é simples e artesanal. O material recebido é picado e colocado de molho em tanques com água. Depois, a massa passa por uma espécie de liquidificador e é peneirada. Após mais uma etapa de molho, é colocada em uma tela que molda o formato da folha. E, há cerca de quatro anos, uma ideia inovadora mudou a rotina na empresa.
– No início de 2008, a gente recebeu um cartão do Exterior. Um cartão de Natal. E desenvolvemos, a partir desse modelo, o nosso papel semente. Ele é reciclado, recheado com as sementes no meio, entre duas folhas – explica.
Cravo francês, boca de leão, pimenta e diversas outras sementes são colocadas no meio do papel reciclado. A folha pronta dá origem a cartões de visitas, convites e marcadores de página. O diferencial é que eles podem ser plantados. Basta molhar e plantar em terra fértil. Depois de 20 a 30 dias, a folha germina e dá origem a canteiros de flores.
– As pessoas estão começando a conhecer mais o papel semente. De 2008 para cá, a demanda cresceu bastante. E as gráficas agora estão tomando bastante conhecimento desse papel. Então, a tendência é que se use durante esse ano muito mais papel semente do que se usou nesse passado recente – aponta.
O Instituto também desenvolveu um papel feito de sacos de cimento e outro confeccionado com bituca de cigarro, além de um a partir bagaço de cana.