Laranja

Laranja: queda de tarifa chinesa pode abrir espaço para mercado brasileiro

Nesta segunda-feira, 23, o governo da China anunciou redução de tarifas sobre mais de 850 commodities, que entrarão em vigor a partir de 1 de julho de 2020

jarra com suco de laranja
Foto: Pixabay

O recuo nas tarifas de importação de suco de laranja anunciado nesta segunda-feira, 23, pela China abre espaço para que o Brasil possa estudar a possibilidade de melhora na estrutura de embarques ao país asiático.

“A China compra suco de laranja concentrado congelado ( FCOJ) e o não concentrado ( NFC) e, para que o Brasil seja mais competitivo no envio de não concentrado ao mercado chinês, é vital ter uma estrutura a granel naquele país”, afirma o diretor executivo da Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR), Ibiapaba Netto. Segundo ele, outros compradores da bebida como Japão, Europa e Estados Unidos já têm esse tipo de estrutura.

Em comunicado, o governo chinês informou que as tarifas referentes aos códigos de exportação (NCMs) 2009.12 – para o NFC – e 2009.19 – para outros sucos – caem de 30% para 15%. O executivo da CitrusBR explica que a redução nas taxas se aplica para a bebida cuja temperatura mínima exceda -18°C. “Quando o suco é embarcado com exatos -18°C ou mais frio, a tarifa é de 7,5%, seja ele concentrado ou não”, acrescenta.

A mudança nas taxas é um pleito antigo da associação e atende solicitações feitas tanto pela CitrusBR quanto pelo governo brasileiro. O assunto chegou a ser debatido na China pelo vice-presidente, Hamilton Mourão, e pela ministra da Agricultura, Tereza Cristina, com as autoridades do país.

Ainda de acordo com o comunicado do governo chinês, o objetivo da mudança tarifária é “expandir ativamente as importações, estimular o potencial de importações e otimizar a estrutura de importações”. As medidas entram em vigor em 1º de janeiro e devem derrubar as tarifas de importação sobre mais de 850 commodities para um nível inferior à taxa determinada pela regra das nações menos favorecidas no comércio global.