Lista suja do trabalho escravo cresce 18% nos últimos seis meses

Empregadores do meio rural são a maioria entre os flagrados ao submeterem funcionários a condições análogas à escravidãoO Ministério do Trabalho divulgou a lista atualizada de empregadores flagrados submetendo funcionários a situações similares ao trabalho escravo. O rol foi incluído na edição de segunda-feira, 30, do Diário Oficial da União.

A denominada “lista suja do trabalho escravo” possui 579 nomes de empregadores, dos quais 400 correspondem a propriedades rurais. A atualização, realizada a cada seis meses, teve um aumento de 18%. Foram incluídos os nomes de 108 novos empregadores, sendo 80 ligados à área rural.

Pará e Mato Grosso do Sul são os estados com o maior número de flagrantes registrados por fiscais do trabalho. Além do pagamento de multa, os empregadores estão sujeitos ao monitoramento do Ministério do Trabalho pelo período de dois anos.

Ao longo de todo o ano de 2013, o trabalho escravo foi debatido no Congresso Nacional. Uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que trata do assunto tramita há 14 anos e prevê a desapropriação de terras para reforma agrária quando comprovada a prática do trabalho escravo.

Recursos

Uma edição extraordinária do Diário Oficial da União, publicada na noite de segunda-feira, 30, destinou R$ 37 milhões para o fomento do setor agropecuário. Os recursos liberados pelo Ministério da Agricultura poderão ser usados para a compra de tratores, material genético, eletrificação rural e para treinamento de pessoas.

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