Lucro da divisão agro recua e pressiona resultado da Bayer

Grupo alemão lucrou 525 milhões de eurosA companhia farmacêutica e química Bayer anunciou nesta quinta, dia 29, uma queda inesperada de 1% no lucro líquido do segundo trimestre deste ano fiscal, mas manteve as metas para 2010, por causa da continuidade na recuperação das operações de plásticos e espuma (MaterialScience), que compensou o mau desempenho das divisões de agroquímicos e de saúde.

O grupo alemão lucrou 525 milhões de euros (US$ 686,3 milhões), ante 532 milhões de euros no mesmo período do ano passado (US$ 695,5 milhões) e bem abaixo da expectativa de analistas de cerca de 769 milhões de euros (US$ 1,005 bilhão).

Por causa de condições climáticas e de mercado desfavoráveis na primeira metade do ano, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da divisão CropScience, que produz herbicidas e pesticidas, despencou 20,3% no segundo trimestre, para 396 milhões de euros (US$ 518 milhões), em comparação com 497 milhões de euros (US$ 650 milhões) em igual intervalo de 2009. A Bayer agora estima um leve declínio nas vendas da unidade, ante previsão de crescimento de 2% a 3%.

A Bayer atribuiu o recuo do lucro total da companhia aos encargos de 255 milhões de euros (US$ 333,4 milhões), incluindo 123 milhões de euros (US$ 160,8 milhões) para cobrir ações judiciais contra os segmentos de saúde e agroquímico (CropScience) e 132 milhões de euros (US$ 172,6 milhões) relativos a uma baixa contábil parcial relacionada ao medicamento contra câncer Zevalin.

A receita trimestral somou 9,18 bilhões de euros (US$ 12 bilhões), 15% acima dos 8,01 bilhões de euros (US$ 10,4 bilhões) apurados no mesmo período do ano passado. A desvalorização do euro incentivou as exportações e as vendas melhoraram nas divisões de saúde e de plásticos e espumas. A receita ficou acima do esperado por analistas, de 8,63 bilhões de euros (US$ 11,3 bilhões).

Ao detalhar as metas para 2010, a companhia disse que ainda prevê um crescimento de vendas (ajustado por efeitos cambiais) de mais de 5%, bem como um Ebitda antes de itens extraordinários superior a sete bilhões de euros. O lucro por ação, sem considerar despesas não monetárias e outros itens, deve aumentar 15%. As informações são da Dow Jones.