Lula defende novas tecnologias para reduzir emissão de gases de efeito estufa

Presidente lembrou que o Brasil foi um dos pioneiros na pesquisa de fontes de energia renováveis em substituição ao petróleoO presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta segunda, dia 31, uma maneira de aliar o incentivo ao crédito e a adoção de novas tecnologias para minimizar a emissão de gases de efeito estufa pelos automóveis, facilitar a renovação da frota brasileira de veículos e estimular a indústria.

Em discurso na abertura do Challenge Bibendum, evento sobre sustentabilidade automotiva realizado no Rio, Lula lembrou que já defendia a ideia quando era líder do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC paulista.

Ele afirmou que seu governo tem adotado políticas de redução dos custos financeiros para o financiamento de caminhões para autônomos e pequenas empresas, tratores para a agricultura e ônibus para renovar a frota de municípios. Segundo Lula, a mobilidade nas cidades é um desafio que a realidade do país impõe.

O presidente lembrou que o Brasil foi um dos pioneiros na pesquisa de fontes de energia renováveis, como o etanol, em substituição ao petróleo. Ele também criticou a postura ambiental dos países desenvolvidos.

? Os grandes, que sabiam tudo, não sabem o que fazer para parar de jorrar petróleo ? afirmou Lula, numa referência às dificuldades da British Petroleum (BP) e do governo dos Estados Unidos de interromper o vazamento de toneladas de petróleo no Golfo do México.

? Eu acho engraçado como a imprensa trata esse negócio. Imagina se fosse a Petrobras, se fosse aqui, na Baía da Guanabara? Imagina o escândalo que o mundo não faria contra nós ? discursou Lula, arrancando aplausos da plateia.

Lula voltou a se queixar da reação contrária das potências nucleares, lideradas pelos Estados Unidos, ao acordo costurado por Brasil e Turquia para que o Irã volte a negociar com a Agência Internacional de Energia Atômica. O presidente também afirmou que o Brasil e sua reação à crise internacional têm muito a ensinar aos que, nas últimas décadas, acreditaram que o melhor caminho para o desenvolvimento era a redução do peso do Estado na economia.

? O mercado não é Deus e o Estado não é o diabo. Aprendemos que se os dois funcionarem bem juntos é um tanto melhor ? definiu.