Qualidade do grão e estabilidade de produção são dois pontos prezados pelo agricultor Matias José Knoor na hora de escolher o milho a ser plantado em sua propriedade em Rolândia, no Paraná. Conforme ele, tais fatores são essenciais, principalmente, em meio às adversidades climáticas.
A fazenda da família Knoor é o palco do sétimo programa especial do projeto Mais Milho 2023. Na conversa com o apresentador Glauber Silveira, o agricultor fala sobre os desafios e oportunidades do cultivo de grãos na região e explica quais os critérios que utiliza para escolher as culturas mais rentáveis para a safra de inverno.
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A propriedade da família conta com 750 hectares e foi fundada pelo avô paterno, que em 1934 deixou a Alemanha para aventurar-se em terras brasileiras. A fazenda hoje é tocada por Matias, dois irmãos e um colaborador, que trabalha lá há cerca de 40 anos.
No início, de acordo com ele, as terras eram destinadas ao café. Contudo, em decorrência a geada de 1975 os cafezais deram lugar para outras culturas.
“O carro-chefe no começo da década de 1980 era o trigo. A soja era a consequência”, conta ao lembrar que o seu pai foi um dos pioneiros na região a realizar o plantio direto. “Acho que a grande revolução da agricultura brasileira é o plantio direto. No início foi tenebroso”.
Mercado e redução da área de milho
Ao contrário de muitos produtores que estão investindo no milho, mesmo com o custo de produção elevado e os preços do grão em baixa, Matias revela que está pensando em reduzir a área destinada para o cereal. Hoje, em segunda safra ele faz milho e trigo na propriedade.
“A intenção é diminuir, mas nós temos que estar preparados para tudo. O trigo tem rentabilizado mais. Mas, isso é hoje. Já cheguei a plantar 100% da área em milho. Estou diminuindo a área de milho, contudo ao mesmo tempo estou investindo em equipamentos para ele”, salienta.
Na propriedade o milho plantado é o Brevant 2401, segundo Matias. “Como tenho armazém pequeno tenho que vender qualidade e ele tem uma qualidade de grão superior e estabilidade de produção. Ele não vai estourar a produtividade muito alta, mas ele também não vai me deixar na mão em anos mais secos, anos com dificuldades e até geadas”.
O agricultor reforça que o milho é extremamente necessário para a produção agrícola. “Eu não estou parando. Estou diminuindo por questões mercadológicas, apenas”.
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