ABERTURA NACIONAL DA COLHEITA

Mais Milho: milho se tornou cultura de gente grande no Brasil

Os desafios para o milho no curto prazo e as perspectivas políticas para o agro marcaram a Abertura Nacional da Colheita do Milho 2ª Safra

Com uma produção superior a 127 milhões de toneladas de milho na safra 2022/23, o Brasil deve superar os Estados Unidos no que tange as exportações. A perspectiva é que 50 milhões de toneladas do grão brasileiro tenham o mercado internacional como destino. Na avaliação de especialistas, o cereal hoje é de suma importância para o país e projetos como o Mais Milho são fundamentais para o desenvolvimento da produção.

Os desafios para o milho no curto prazo e as perspectivas políticas para o agro marcaram a Abertura Nacional da Colheita do Milho Segunda Safra nesta quarta-feira (12) no município de Cláudia, em Mato Grosso. O evento oficializou a colheita do cereal no país.

A abertura foi realizada na Fazenda Jaqueline, do produtor mato-grossense Zilto Donadello, e integra a programação do Projeto Mais Milho, realizado pelo Canal Rural em parceria com a Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho) e a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT).

Abertura colheita de milho mais milho
Foto: Fernando Martin

O milho nesta safra 2022/23 deverá ser responsável por quase 40% da produção brasileira de grãos, estimada em mais de 317 milhões de toneladas. Somente na segunda safra são esperadas mais de 98 milhões de toneladas do cereal, segundo a Companhia Nacional do Abastecimento (Conab), em dados divulgados nesta quinta-feira (13).

O grão que antes era semeado para compor a renda do produtor e ajudar nos custos, hoje ultrapassa a produção de soja em alguns estados, como é o caso de Mato Grosso, se tornando fundamental para o produtor.

No estado, apontam as estimativas do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), são esperadas média de rendimento de 112 sacas por hectares e uma produção de 50,15 milhões de toneladas.

“Eu costumo dizer que o milho se tornou cultura de gente grande no Brasil. Então, a gente precisa de um olhar bastante assertivo e de perspectivas sobre a cultura e pra isso a gente precisa de informação, de debate, de discussão de olhar pra frente”, pontuou o diretor de Conteúdo do Canal Rural, Giovani Ferreira.

Abertura colheita de milho mais milho
Foto: Fernando Martin

Projeto Mais Milho leva informação para o campo

O Projeto Mais Milho está em sua sétima temporada. Iniciada em 15 de fevereiro, em Campo Grande (MS), a temporada de cá para cá diversos assuntos foram tratados em reportagens e programas especiais realizados pelo Canal Rural Mato Grosso e em fóruns técnicos. Entre os assuntos abordados, até o momento, foram pontos como logística, políticas públicas para o milho, cigarrinha do milho, ganho de produtividade, entre outros.

“O Projeto Mais Milho é tão vitorioso que nós vamos fazer agora primeira e segunda safra. Serão 12 meses de projeto e vamos estar rodando esse país, mostrando a importância do milho, levando informação, lançando plantio, colheita. Vamos mostrar essa cultura que vai ser a maior cultura. O Brasil é um grande propulsor e vai ser assim através do etanol de milho que tem feito um diferencial enorme aqui no estado de Mato Grosso”, destacou Glauber Silveira, diretor-executivo da Abramilho e apresentador do projeto.

Para o presidente da Abramilho, Otávio Canesin, o Projeto Mais Milho é de suma importância para “impulsionar e discutir os gargalos da cadeia de milho”.

Anfitriões do evento e proprietários da Fazenda Jaqueline, os produtores Jaqueline e Zilto Donadello frisaram estar muito feliz em receber a abertura nacional da colheita de milho, visto o evento ser “bastante importante para o nosso agronegócio”.

Além da abertura nacional da colheita de milho, dois painéis foram realizados. O primeiro tratou sobre as perspectivas políticas para o agronegócio tendo como foco a Reforma Tributária no país. Já o segundo painel abordou o cenário para o milho no curto prazo, trazendo discussões em torno da falta de armazenagem, queda de preços do milho, alto custo de produção e alternativas de rentabilidade com a diversificação de cultura junto ao cereal.

 

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