ANÁLISE

Terremoto no Marrocos gera incerteza sobre fornecimento de fertilizante

O terremoto que atingiu o Marrocos pode ter prejudicado minas de fosfato e ter reflexos no fornecimento de fertilizantes fosfatados

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Foto: Sílvia Zoche Borges/Embrapa

O terremoto que atingiu a região de Marrakesh, no Marrocos, no último dia 8, pode ter prejudicado minas de fosfato e ter reflexos no fornecimento de fertilizantes fosfatados, segundo a StoneX em comunicado a clientes.

“O principal porto marroquino, Jorf Lasfar, teve suas operações afetadas no fim de semana, porém, já retomou suas atividades. Com capacidade nominal de produção de aproximadamente 12 milhões de toneladas de fosfatados de alto teor, a OCP é globalmente a maior produtora de P2O5 e um dos principais fornecedores do Brasil; a empresa ainda não informou se o terremoto causou impacto na produção de suas minas; de suas plantas de processamento; e nem da logística de escoamento local”, afirma o diretor de Fertilizantes da StoneX, Marcelo Mello, no comunicado.

Marrocos é o segundo maior produtor global de adubos fosfatados, com 13% do total, e também o segundo maior exportador mundial dos insumos, com 26% – em ambos os casos, atrás da China, conforme dados compartilhados pela StoneX.

Já o Brasil é o terceiro maior consumidor de fosfatados do mundo, com 13% do todo, atrás de China e Índia, e o maior importador do produto, comprando 23% de tudo o que é vendido globalmente.

Em 2021, segundo a consultoria, Marrocos exportou cerca de 9 milhões de toneladas (atrás apenas da China), das quais quase 2 milhões de toneladas para o Brasil. “O terremoto deixou o mercado mundial de fosfatados em alerta”, diz Mello.