AVANÇO NA COLHEITA

Milho: avanço do plantio da 1ª safra 2023/24 cai frente ao ano passado

Cereal deve enfrentar dia difícil nas negociações no mercado doméstico, além de sofrer baixas no exterior no início desta terça-feira (31)

milho
Foto: Clenio Araujo/ Embrapa Milho e Sorgo

O plantio da 1ª safra de milho 2023/24 atingiu 37,2% da área estimada no Brasil, de acordo com o relatório da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), com dados obtidos até 29 de outubro. Na última semana, a semeadura estava em 33% da área. No mesmo período do ano passado, os trabalhos já haviam sido concluídos em 39,8% da área.

Mercado enfrenta lentidão nas negociações de milho

O mercado brasileiro de milho deve ter uma terça-feira (31) de lentidão nos negócios. Com impasse em relação aos preços entre compradores e vendedores, o ambiente doméstico não deve registrar progressão significativa na comercialização.

No cenário internacional, a Bolsa de Mercadorias de Chicago opera em leve baixa. O dólar, por sua vez, avança frente ao real.

O mercado brasileiro de milho registrou preços mistos nesta segunda-feira (30), oscilando de região para região. No Sudeste, o mercado esteve mais firme, com pouca oferta. No Sul, o mercado um mais pressionado, apesar da oferta limitada. Já no Centro-Oeste houve estabilidade.

No Porto de Santos, o preço ficou entre R$ 65,00/69,00 a saca (CIF). Já no Porto de Paranaguá, cotação entre R$ 62,00/65,00 a saca.

No Paraná, a cotação ficou em R$ 50,00/53,00 a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 57,50/60,00 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 62,50/64,00 a saca.

No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 63,00/65,00 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 56,00/60,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 48,00/R$ 50,00 a saca em Rio Verde – CIF. No Mato Grosso, preço ficou a R$ 40,00/43,00 a saca em Rondonópolis.

Milho em Chicago

Os contratos com entrega em dezembro de 2023 operam com baixa de 0,25 centavo, ou 0,05%, cotados a US$ 4,78 por bushel.

O mercado é pressionado pelo clima favorável na América do Sul, pelo escoamento de grãos no Mar Negro e pelo avanço da colheita nos Estados Unidos, acima da expectativa dos analistas.

Contudo, um cenário externo mais favorável limita maiores perdas na sessão. O avanço do petróleo em Nova York, o bom desempenho das bolsas de valores da Europa e a desaceleração do dólar frente a outras moedas correntes atuam como fatores positivos na sessão.

O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) divulgou relatório sobre a evolução da colheita das lavouras de milho. Até 29 de outubro, a área colhida estava em 71%. O mercado esperava 69%. Na semana passada, eram 59%. Em igual período do ano passado, o número era de 66%. A média para os últimos cinco anos é de 74%.

Ontem, os contratos com entrega em dezembro de 2023 operaram com baixa de 2,50 centavos, ou 0,52%, cotados a US$ 4,78 1/4 por bushel. Os contratos com entrega em março de 2024 operaram com recuo de 2,50 centavos, ou 0,50%, cotados a US$ 4,92 3/4 por bushel.


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