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Milho busca recuperação em Chicago, seguindo trigo

Contratos do cereal operam com preços mais altos nas negociações da sessão desta quarta-feira

Os contratos do milho operam com preços mais altos nas negociações da sessão eletrônica da Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) nesta quarta-feira (23).

O mercado se consolida no positivo, sustentado pela previsão de clima quente e seco para o Meio-Oeste dos Estados Unidos no fim de agosto. O cereal também segue o bom desempenho do vizinho trigo, diante de um novo ataque na região do Danúbio, na Ucrânia.

De acordo com a APK-Inform, na noite desta quarta-feira, a Rússia atacou com drones os portos do Danúbio, na região de Odessa, mais uma vez.

Segundo Oleg Kiper, governador de Odessa, o alvo do ataque, que durou três horas, foi a infraestrutura civil da região. Como resultado do ataque, de acordo com o ministro do Desenvolvimento Comunitário, Territórios e Infraestrutura da Ucrânia, Oleksandr Kubrakov, cerca 13 mil toneladas de grãos foram destruídas no porto de Izmail.

Além disso, os investidores digerem novos números da Crop Tour, realizada pela Pro Farmer, que atestam lavouras piores que a média em Indiana e Nebraska. Fatores como a força do dólar frente a outras moedas correntes e o desempenho negativo do petróleo em Nova Iorque impedem maiores ganhos na sessão.

As lavouras de milho em Indiana, no leste dos Estados Unidos, estão com desenvolvimento pior neste ano, na comparação com a média dos últimos três anos, mas superior ao ano passado, segundo avaliação dos participantes da Crop Tour.

Segundo a Pro Farmer, a produtividade média do milho deve ficar em 180,89 bushels por acre em Indiana, ante à média de 183,72 bushels por acre nos últimos três anos. No ano passado, o rendimento médio havia sido estimado em 177,85 bushels por acre.

As lavouras de milho em Nebraska, no centro-norte dos Estados Unidos, estão com desenvolvimento pior neste ano, na comparação com a média dos últimos três anos. A produtividade do milho está estimada em 167,22 bushels por acre, abaixo da média dos últimos três anos, que foi de 172,01 bushels por acre. No ano passado, o rendimento médio foi projetado em 158,53 bushels por acre.

Os contratos com entrega em setembro estão cotados a US$ 4,71 1/4 por bushel, alta de 4,75 centavos de dólar, ou 1,01%, em relação ao fechamento anterior.

Os contratos com entrega em dezembro de 2023 operam com avanço de 5,25 centavos de dólar, ou 1,09%, cotados a US$ 4,84 3/4 por bushels.

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