QUEDA

Milho: colheita acima da média nos EUA pressionam preços

Analistas prevêem que os estoques no país podem ser os maiores registrados dos últimos 10 anos

Desvalorização do milho e soja em Mato Grosso
Foto: Pedro Silvestre/ Canal Rural Mato Grosso

Os contratos do milho operam com preços mais baixos nas negociações da sessão eletrônica da Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) nesta terça-feira (19).

O mercado mantém o mau desempenho da sessão anterior, com uma maior oferta do Brasil e dos Estados Unidos. A colheita norte-americana evolui em um ritmo acima da média, o que ajuda a pressionar as cotações.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou relatório sobre a evolução da colheita das lavouras de milho. Até 17 de setembro, a área colhida estava em 9%. Na semana passada, eram 5%. Em igual período do ano passado o número era de 7%. A média para os últimos cinco anos é de 7%.

O USDA também divulgou dados sobre as condições das lavouras americanas de milho. Até 17 de setembro, 51% estavam entre boas e excelentes condições, 29% em situação regular e 20% em condições entre ruins e muito ruins. Na semana anterior, os números eram de 52%, 30% e 18% respectivamente.

Os contratos com vencimento em dezembro de 2023 operam cotados a US$ 4,68 1/2 por bushel, baixa de 3,00 centavos de dólar por bushel ou 0,63% em relação ao fechamento anterior.

Ontem, o milho fechou a sessão com preços mais baixos. Seguindo o desempenho negativo do vizinho trigo, o mercado foi pressionado pelo cenário de embarques consideráveis do cereal provenientes do Brasil, que estão diminuindo a demanda internacional pelo produto dos Estados Unidos.

Analistas estimam que os estoques do país no próximo ano poderão alcançar os níveis mais elevados registrados nos últimos dez anos. Além disso, o mercado está sendo negociado em níveis próximos aos mais baixos desde dezembro de 2020.

Na sessão, os contratos de milho com entrega em dezembro fecharam a US$ 4,71 1/2 por bushel, recuo de 4,75 centavos de dólar, ou 0,99%, em relação ao fechamento anterior. A posição março de 2024 fechou a sessão a US$ 4,85 3/4 por bushel, baixa de 4,75 centavos de dólar, ou 0,96%.

*Sob supervisão de Henrique Almeida

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