ATENÇÃO

Milho no Brasil: cotações pressionadas e lentidão nos negócios

Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o milho encerrou o dia com preços em alta, buscando recuperação após as quedas recentes

O mercado de milho no Brasil enfrentou um cenário de preços mais fracos nesta terça-feira (8).

De acordo com análise da Safras & Mercado, a dinâmica do mercado ainda apresenta lentidão, com consumidores e produtores adotando uma abordagem cautelosa nas negociações.

Os consumidores estão buscando pressionar os preços, mantendo uma postura confiante em relação ao abastecimento e avaliando que a oferta deverá aumentar em breve devido à intensificação da colheita da safrinha.

Além disso, questões relacionadas à armazenagem e logística também estão sendo monitoradas.

  • Nos principais portos, como o Porto de Santos, os preços variaram entre R$ 60,00 e R$ 63,00 por saca (CIF).
  • No Porto de Paranaguá, as cotações ficaram entre R$ 56,00 e R$ 60,00 por saca.
  • Em regiões como o Paraná, a cotação média ficou em torno de R$ 50,00 a R$ 52,00 por saca em Cascavel.
  • Já em São Paulo, observou-se um preço médio de R$ 49,00 a R$ 51,00 na Mogiana, enquanto em Campinas CIF o valor se situou entre R$ 54,00 e R$ 55,00 por saca.
  • No Rio Grande do Sul, os preços foram registrados em R$ 61,00 a R$ 63,00 por saca em Erechim.
  • Em Minas Gerais, a média de preço variou entre R$ 46,00 e R$ 49,00 por saca em Uberlândia.
  • No estado de Goiás, os preços se mantiveram na faixa de R$ 40,00 a R$ 43,00 por saca em Rio Verde – CIF.
  • No Mato Grosso, os preços ficaram entre R$ 40,50 e R$ 42,00 por saca em Rondonópolis.

Panorama do milho em Chicago

A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o milho encerrou o dia com preços em alta, buscando recuperação após as quedas recentes.

O mercado inicialmente estava sob pressão devido à diminuição dos preços do petróleo em Nova York, no entanto, a reversão desses preços para alta acabou fornecendo suporte às cotações em Chicago.

No entanto, o desempenho positivo foi limitado pelo fortalecimento do dólar em relação a outras moedas, bem como pela melhoria nas condições das lavouras nos Estados Unidos.

Adicionalmente, a previsão de chuvas intensas em grande parte do cinturão produtor do país também exerceu influência.

De acordo com dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), até o dia 6 de agosto, aproximadamente 57% das lavouras americanas de milho foram classificadas como estando em boas ou excelentes condições, superando a expectativa de 56%.

Outros 29% foram classificados como regulares, enquanto 14% foram considerados em condições ruins a muito ruins. Na semana anterior, esses números eram 55%, 30% e 15%, respectivamente.

Durante esta sessão, os contratos de milho com vencimento em setembro fecharam a US$ 4,85 3/4 por bushel, representando um aumento de 3,50 centavos de dólar, ou 0,72%, em comparação ao fechamento anterior. A posição para dezembro de 2023 encerrou a sessão a US$ 4,98 3/4 por bushel, registrando um aumento de 3,00 centavos de dólar, ou 0,6%.