Arrozeiros do RS podem sofrer maior prejuízo da história caso novo Código seja aprovado como está

Redução da área produtiva deve causar perdas maiores que as registradas na safra 2003/2004, de acordo com levantamento da FarsulOs produtores de arroz da metade sul do Rio Grande do Sul temem que a aprovação do novo Código Florestal possa gerar desemprego e êxodo rural, além de prejuízo econômico. A maior preocupação é com uma possível redução da área de produção em 20%. De acordo com um levantamento feito pela Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul) a estimativa é de que o prejuízo, caso ocorra a diminuição, fique em torno de R$ 14 bilhões por ano, maior do que o registrado na pior seca da história do Est

O produtor Fernando Rechsteiner garante que a maioria dos produtores está alinhada com a necessidade de preservação ambiental e acredita que o novo Código deve respeitar as áreas já consolidadas na atividade agrícola.
 
? Nós temos que ter uma preocupação apras áreas de produção não invadirem as áreas preservação, mas ao mesmo tempo nós não podemos aceitar que áreas de preservação invadam áreas de produção consolidadas ? alerta o produtor.
 
Reischteiner ainda garante que nunca houve uma floresta nativa na região de sua propriedade e teme as adequações necessárias caso o novo Código seja aprovado.

? A preocupação nossa é que se nós tivéssemos que plantar uma floresta nesta região, talvez não houvesse nem uma adaptabilidade dessas plantas com solo e o clima da nossa região.
 
Reschteiner não sabe informar o prejuízo caso o Código Florestal seja aprovado com a redução de 20% na área de produção.
 
? De uma hora pra outra se nós tivermos que abandonar essas áreas o prejuízo é realmente incalculável. Eu temo que várias propriedades na nossa região fiquem inviabilizadas, vão deixar de ter escala pra ter uma mínima escala de lucro ? declara o produtor.
 
A Associação Rural de Pelotas também está preocupada com as definições do novo Código. O vice-presidente da entidade, Rodrigo Souza, levou à bancada gaúcha em Brasília argumentos para que a redução de 20% não seja aprovada.

? O prejuízo econômico é violento. Mas muito maior do que o prejuízo econômico do Estado é o prejuízo social. Nós teríamos mais do que 20% de desemprego imediato, se fossem retirados os 20% da área produtiva do interior, que tem uma base econômica agropecuária. Nós teríamos em torno de 23% de desemprego imediato e teríamos também, em consequência disso, o exôdo rural. Essas pessoas por falta de alternativa migrariam para periferia dos grandes centros e a concentração de problemas ambientais e sociais na periferia das grandes cidades.

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