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Boi em alta e milho em queda; veja as notícias desta terça-feira

Enquanto isso, a soja também recuou, mas com uma intensidade menor, e o café ficou praticamente estável

  • Boi: arroba sobe novamente em São Paulo, diz Safras & Mercado
  • Milho: oferta segue melhorando e preços recuam
  • Soja: Chicago recua de novo, mas intensidade é menor
  • Café: indicador do Cepea fica praticamente estável
  • No exterior: mercados globais mantêm otimismo na espera de dados econômicos
  • No Brasil: bolsa volta a superar 124 mil pontos

Agenda:

  • Brasil: IPCA-15 de maio (IBGE)
  • Brasil: dados sobre as lavouras do Paraná (Deral)
  • EUA: confiança do consumidor de maio

Boi: arroba sobe novamente em São Paulo, diz Safras & Mercado

Após o aumento da oferta durante a safra, o mercado físico de boi gordo aos poucos vai observando o volume ofertado se reduzir, de acordo com a consultoria Safras & Mercado. Em São Paulo, a cotação passou de R$ 308 para R$ 309 por arroba.

Segundo o analista Fernando Iglesias, o início da entressafra deve enfrentar um cenário complicado para a compra de animais terminados, pois houve redução do primeiro giro de confinamento em virtude da alta dos custos.

De acordo com os dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), após algumas semanas mostrando desaceleração, as exportações de carne bovina fresca, refrigerada ou congelada voltaram a acelerar. Até a terceira semana de maio, os embarques chegaram a 88,79 mil toneladas e a média diária avançou de 5,52 para 5,92 mil toneladas.

Milho: oferta segue melhorando e preços recuam

De acordo com a consultoria Safras & Mercado, o mercado brasileiro de milho voltou a apresentar uma melhora na oferta. Dessa forma, os preços recuaram novamente tanto no físico como no futuro. Em Cascavel (PR), a cotação passou de R$ 95/97 para R$ 93/95, e em Campinas (SP), foi de R$ 102/103 para R$ 98/100 por saca.

Na terceira semana de maio, as exportações de milho somaram 12,6 mil toneladas e representaram um forte avanço em relação às outras duas semanas do mês. Dessa forma, a média diária passou de 118,6 para 839,9 toneladas. Na comparação anual, porém, houve um recuo de 32,6% em relação ao volume embarcado no mesmo mês de 2020.

Soja: Chicago recua de novo, mas intensidade é menor

As cotações dos contratos futuros da soja negociados em Chicago recuaram novamente e marcaram o quinto dia consecutivo de baixas. Por outro lado, a intensidade da queda foi menor que nos dias anteriores. Na comparação diária, o vencimento para julho caiu 0,24% e passou de US$ 15,262 para US$ 15,226 por bushel.

As exportações de soja chegaram a 3,84 milhões de toneladas na terceira semana de maio e ficaram ligeiramente abaixo das 4,10 milhões observadas na semana anterior. Apesar disso, a média diária embarcada até agora no mês de 842,92 mil toneladas ficou 19,50% acima do registrado em maio do ano passado.

Café: indicador do Cepea fica praticamente estável

O indicador do café arábica do Cepea, calculado com base nos preços praticados em Minas Gerais, São Paulo e Paraná, teve um dia de preços praticamente estáveis. A cotação variou 0,03% em relação ao dia anterior e passou de R$ 825,55 para R$ 825,79 por saca. Desta forma, no acumulado do ano, o indicador teve uma alta de 36,11%. Em 12 meses, os preços alcançaram 45,09% de valorização.

Em Nova York, por outro lado, os contratos futuros do café arábica recuaram ainda mais que no encerramento da semana passada e perderam o patamar de US$ 1,50 por libra-peso. O vencimento para julho seguiu apresentando volatilidade elevada e fechou em baixa de 0,73%, cotado a US$ 1,49 por libra-peso.

No exterior: mercados globais mantêm otimismo na espera de dados econômicos

Com a agenda econômica leve neste início da semana, os mercados globais mantiveram o otimismo e as bolsas norte-americanas tiveram novas altas, mirando os recordes históricos de fechamento. Os investidores aguardam os dados de atividade econômica e inflação nos Estados Unidos, que estão mais concentrados para o fim da semana, para projetar a atuação do Banco Central nos próximos meses.

Enquanto o mercado acreditar que os bancos centrais serão capazes de manter a política monetária em nível expansionista, a tendência é de alta para o mercado de ações em virtude da grande liquidez presente. Eventuais surpresas negativas pelo lado da inflação, ou seja, indicadores acima do esperado, devem penalizar as bolsas.

No Brasil: bolsa volta a superar 124 mil pontos

O Ibovespa subiu 1,17%, seguindo o movimento positivo das bolsas norte-americanas, e ficou cotado a 124.031 pontos. Dessa forma, o índice chegou ao maior patamar de fechamento desde o dia 8 de janeiro e marcou o segundo maior nível de 2021. As ações de empresas de varejo impulsionaram o desempenho da bolsa brasileira.

Enquanto isso, o dólar recuou 0,53% e ficou cotado a R$ 5,325, também acompanhando o movimento da moeda norte-americana no exterior. Na agenda econômica de hoje, o destaque será a divulgação do IPCA-15 de maio e os investidores estarão atentos a eventuais surpresas que possam pressionar o Banco Central em relação à política monetária.