Brasil e China avançam negociação nos setores de leite e milho

Fortalecimento do real tem sido um empecilho para as vendas de produtos lácteos brasileiros para os chineses, diz RossiO fortalecimento do real tem sido um empecilho para as vendas de produtos lácteos brasileiros para a China, conforme relatou nesta terça, dia 19, o ministro da Agricultura, Wagner Rossi. Segundo ele, todos os pontos para que haja negócios já foram acertados entre as partes há alguns meses, mas, em virtude do real valorizado, nenhum contrato foi fechado até agora.

? A questão cambial deixa nossos lácteos não tão atrativos para o mercado chinês, mas é possível que haja possibilidade de formalizar negócios nessa área nos próximos meses ? previu.

Segundo o ministro, o Brasil também se prepara para receber uma missão chinesa específica para conhecer a produção de milho, no próximo mês. O intuito é o de firmar um “protocolo bilateral” para tratar de negócios com o grão.

Além de produtos lácteos e milho, Rossi disse que também foram fechados entendimentos para produtos como tabaco, gelatina e própolis. Os chineses estão em processo de análise de risco na área cítrica, conforme Rossi, e a expectativa é a de que, no decorrer do ano, haja avanços nessa área.

? Eles também estão altamente interessados em sêmen e embriões bovinos ? pontuou.

O ministro relatou ainda que os chineses se comprometeram a fazer investimentos em várias áreas da agricultura e de infraestrutura. Um dos segmentos de interesse, de acordo com ele, é o esmagamento de soja para venda de produto com maior valor agregado para a própria China. Além disso, Rossi citou que empresários querem investir em trem rápido e em minérios, sobretudo em petróleo.