BIOCOMBUSTÍVEL

Brasil deve produzir 10 bilhões de litros de etanol de milho nos próximos anos

Nordeste deve se destacar como importante polo produtor do biocombustível no país

etanol de milho
Foto: Pixabay

O avanço do etanol de milho no Nordeste promete mudar a dinâmica do mercado de biocombustíveis no país. Novos projetos na região devem adicionar 1,3 bilhão de litros à oferta anual, hoje sustentada por 2,3 bilhões de litros de etanol de cana-de-açúcar, o que tende a reduzir custos logísticos e ampliar a autossuficiência regional.

As estimativas são da SCA Brasil e foram apresentadas em reunião com representantes do Sindicato da Indústria de Fabricação do Álcool no Estado da Paraíba (Sindalcool), na última quinta-feira (18) . Segundo as projeções, estados como Maranhão e Bahia devem liderar essa expansão, com novas usinas que somam quase 800 milhões de litros de capacidade.

“A produção regional reduz a dependência do etanol vindo do Centro-Sul durante a entressafra, garante maior estabilidade no abastecimento e gera competitividade também para subprodutos do milho, como os grãos secos de destilaria (DDGS) usados na nutrição animal”, afirmou Martinho Ono, CEO da Sca Brasil .

No ciclo 2025-2026, o Brasil deve produzir 10 bilhões de litros de etanol de milho. Com novos projetos em construção no Nordeste e no Centro-Oeste, a capacidade poderá crescer até 10 bilhões de litros adicionais nos próximos anos.

No entanto, o executivo ressalta que o destino desse volume será essencialmente interno. “Ainda não há perspectivas concretas de expansão internacional, seja via combustível sustentável de aviação ou aumento da mistura de anidro na gasolina no exterior. O mercado interno terá de absorver essa produção extra”, avaliou Ono.