Governo estuda tarifas de importação para o nitrato de amônia

Medida pode ser aplicada a produtos comprados da Rússia e da UcrâniaO governo brasileiro admite que pode rever as tarifas de importação de nitrato de amônia da Rússia e da Ucrânia. O assunto deve ser discutido pelos membros da Câmara de Comércio Exterior (Camex), em reunião na próxima semana. A substância é matéria-prima para fertilizantes.

Por ano, a agricultura brasileira demanda 1,4 milhão de toneladas de nitrato de amônia. Atualmente, a alíquota é de 13,3% para o produto importado da Rússia, e de 6,9% para o fornecido pela Ucrânia. As tarifas existem desde 2002, mas são menores hoje.

No ano passado, o governo decidiu fazer uma pesquisa sobre esse mercado e optou pela redução da cobrança até que o estudo estivesse concluído. Recentemente, o Departamento de Defesa Comercial (Decom) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior divulgou os resultados do levantamento.

A recomendação é de que sejam aplicadas tarifas de 2,4% a 36,3%, de acordo com a empresa e o país fornecedor. Para a principal fornecedora da Rússia, por exemplo, a indicação é de uma tarifa de 8,8%.

As alíquotas atuais vencem em 21 de novembro. Representantes de produtores rurais acreditam que a eliminação das taxas pode reduzir os custos de produção no país.