Índios mantêm reféns no Paraná ao cobrar indenização por terras

Três homens estão detidos em uma reservaUm representante da Coordenação de Patrimônio e Meio Ambiente da Fundação Nacional do Índio (Funai) é esperado nesta segunda, dia 23, em São Jerônimo da Serra, cerca de 350 quilômetros ao norte de Curitiba, no Paraná, para tentar resolver o impasse criado com a retenção de três reféns pelos índios da reserva Barão de Antonina.

Os indígenas cobram uma indenização pelo uso da suas terras pela Companhia Paranaense de Energia (Copel). Quatorze torres de transmissão de energia cortam a reserva por cerca de 10 quilômetros.

Na manhã de quinta-feira, os índios tomaram como reféns os irmãos Valmiron e José Torres Quintanilha, funcionários de uma empresa terceirizada da Copel, quando faziam uma vistoria de rotina na linha.

No dia seguinte, o antropólogo Alexandre Húngaro da Silva, empregado da Copel, foi ao local tentar a liberação dos dois reféns e também foi detido. Desde então, ninguém consegue entrar ou sair da aldeia sem autorização do cacique.

Os índios decidiram tomar os reféns depois que uma reunião para discutir a indenização, agendada para o dia 18, foi desmarcada sem que eles tivessem sido comunicados.