O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) deve divulgar nesta segunda-feira, dia 3, mais um relatório de plantio. Além disso, o órgão também pode publicar as primeiras informações sobre as condições das lavouras norte-americanas.
E após uma semana de valorizações na Bolsa de Chicago em função do atraso nos trabalhos de campo, que foram dificultados por chuvas em excesso e tornados, o mercado aguarda com ansiedade pelo documento.
Será que os preços internacionais vão abrir a próxima semana com novas altas? O analista da Safras Consultoria Paulo Molinari destaca os fatos que merecem atenção do mercado de milho. Confira as dicas:
- O USDA pode indicar o plantio do milho entre 75% e 80% nesta segunda feira. Ainda haverá trabalhos de campo fora da janela na primeira semana de junho. Uma pequena janela de plantio se abre até quarta-feira, dia 5, quando as chuvas voltam para todo o Meio-Oeste;
- A expectativa do Prevent Plant é que o grão ocupe 6 milhões de acres (2,4 milhões hectares) e um volume ainda desconhecido que poderá passar a soja. O USDA só vai divulgar a área plantada em 28 de junho;
- O departamento americano pode indicar menos de 50% das lavouras em estado bom ou excelente. Mercado aguarda mais informações para novas altas;
- Exportação brasileira em junho é recorde, foram cerca de 2,8 milhões de toneladas. O país tem chance de atingir novo recorde nos embarques anuais, entre 35 milhões e 40 milhões de toneladas, desde que o mercado interno aproveite os momentos de preços melhores;
- Segunda safra com colheita avançando para junho, mas com forte demanda interna e externa; prosseguem os negócios para 2020 em todo o país;
- O mercado interno, desposicionado em estoques na pré-colheita de segunda safra, foi pego de surpresa pelo clima nos EUA. No entanto, colheita de 70 milhões de toneladas nos próximos 90 dias garante abastecimento interno e exportações sem problemas;
- Porém, suporte de preços ao longo do ano somente será possível com alto fluxo de embarques na exportação.