Milho

Milho: mercado físico atinge maior patamar desde agosto de 2018

Confira as principais notícias sobre dólar, mercado agropecuário e previsão do tempo para começar o dia bem informado

milho
Foto: Pixabay

Desde agosto de 2018, as cotações do milho no mercado físico estão em alta, segundo a Agrifatto. O indicador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) registra elevação de 18,95% neste período. Na última semana, o avanço foi de 3%, com a saca sendo negociada a R$ 40,75 — maior valor desde 14 de agosto do ano passado.

“Além da disponibilidade menor neste período do ano, o avanço das exportações em janeiro (foram 4,24 milhões de toneladas) e produtores especulando com a matéria-prima ofereceram o tom da alta”, apontam analistas da consultoria.

Segundo os especialistas, a reposição dos estoques pela oferta da segunda safra tem potencial de acomodar as cotações. “Mas a indefinição neste momento sobre o tamanho da safrinha mantém um mercado climático”, dizem.

Por enquanto, os trabalhos em campo com a semeadura do milho avançam em ritmo aquecido, com a cultura registrando condições positivas e há previsões de chuvas em horizonte mais curto. Mas a possível diminuição das chuvas a partir do final de fevereiro entra no radar e gera nova pressão positiva com renovação das máximas na B3 (antiga BM&F).

MILHO NO MERCADO FÍSICO – POR SACA DE 60 KG

  • Rio Grande do Sul: R$ 37,50
  • Paraná: R$ 35,50
  • Campinas (SP): R$ 43,50
  • Mato Grosso: R$ 25
  • Porto de Santos (SP): R$ 38
  • Porto de Paranaguá (PR): R$ 37
  • Porto de São Francisco (SC): R$ 37
  • Veja o preço do milho em outras regiões

A Bolsa de Chicago para o milho fechou com preços levemente mais altos, de acordo com a consultoria Safras. O mercado foi sustentado no território positivo pela expectativa de boa demanda pelo grão norte-americano.

O otimismo em relação ao acordo entre Estados Unidos e China também colaborou positivamente. Por outro lado, os amplos estoques de milho nos EUA pesaram negativamente, limitando a valorização e fazendo alguns contratos caírem.

MILHO NA BOLSA DE CHICAGO (CBOT) – POR BUSHEL

  • Março/2019: US$ 3,78 (+0,50 cent)
  • Maio/2019: US$ 3,86 (+0,50 cent)

Soja

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam com preços em baixa para o grão. O mercado realizou um movimento de correção frente aos fortes ganhos de terça-feira, quando atingiu o melhor patamar desde o dia 7 de fevereiro. Porém, a esperança de um acordo entre os Estados Unidos e a China limitou as perdas.

O presidente da China, Xi Jinping, planeja se reunir com membros da delegação dos Estados Unidos que estão em Pequim para a terceira rodada de negociações para acabar com a guerra comercial.

Segundo fontes ouvidas pelo jornal South China Morning Post, que não tiveram seus nomes revelados, o líder chinês concordou em se encontrar na sexta-feira com o representante de comércio dos Estados Unidos, Robert Lighthizer, e o secretário do Tesouro do país, Steven Mnuchin.

Há pouco, o presidente norte-americano, Donald Trump, classificou como positivas as negociações comerciais entre os dois países na véspera de mais uma rodada de encontros em alto nível entre autoridades, em Pequim.

SOJA NA BOLSA DE CHICAGO (CBOT) – POR BUSHEL

  • Março/2019: US$ 9,16 (-1 cent)
  • Maio/2019: US$ 9,30 (-1 cent)

O mercado brasileiro registrou preços firmes nesta quarta-feira, de estáveis a mais altos, de acordo com a Safras & Mercado. Com a bolsa de Chicago fechando em leve baixa, a alta do dólar garantiu sustentação às cotações domésticas, mas o dia voltou a ser de poucos negócios. Apenas nas regiões portuárias do Paraná e São Paulo houve movimentação razoável.

Para a Agrifatto, enquanto a guerra comercial continuar, as exportações brasileiras com a soja têm espaço para avançar. “E combinado com a quebra de safra nesta temporada, um cenário de cotações mais firmes pode ganhar força”, afirmam analistas desta consultoria.

SOJA NO MERCADO FÍSICO – POR SACA DE 60 KG

  • Passo Fundo (RS): R$ 74
  • Cascavel (PR): R$ 73,50
  • Rondonópolis (MT): R$ 67
  • Dourados (MS): R$ 68,50
  • Santos (SP): R$ 78,50
  • Paranaguá (PR): R$ 79,50
  • Rio Grande (RS): R$ 78
  • São Francisco (SC): R$ 77
  • Confira mais cotações

Café

O mercado brasileiro teve uma quarta-feira de preços mais baixos. As perdas do arábica na Bolsa de Nova York pressionaram as cotações no Brasil, em que pese a alta do dólar.

Apesar da baixa de NY, algumas cooperativas no Sul de Minas Gerais estiveram mais ativas nas vendas, principalmente para cafés mais fracos de qualidade, e negociando pontualmente grãos mais finos.

O mercado nacional esteve mais ativo na manhã, antes de NY confirmar perdas.

CAFÉ NO MERCADO FÍSICO – POR SACA DE 60 KG

  • Arábica/bebida boa – Sul de MG: R$ 400 a R$ 405
  • Arábica/bebida boa – Cerrado de MG: R$ 405 a R$ 410
  • Arábica/rio tipo 7 – Zona da Mata de MG: R$ 340 a R$ 345
  • Conilon/tipo 7 – Vitória (ES): R$ 300 a R$ 305
  • Confira mais cotações

Em Nova York, o café arábica encerrou com preços mais baixos. O contrato maio, que é a referência no momento, aproximou-se mais da importante linha psicológica de US$ 1 a libra-peso, alerta a Safras & Mercado.

Analistas apontam que foi mais um dia de volatilidade e de rolagem de contratos de março para maio, ante a proximidade do período de notificação de entregas de março. Nesta quarta, as cotações caíram com a subida do dólar contra o real e outras moedas.

Os fundamentos, como  a ampla oferta global, seguem pesando sobre as cotações.

A volta das chuvas ao cinturão cafeeiro do Brasil em fevereiro pressiona as cotações, trazendo melhores perspectivas para a safra deste ano.

“Com a falta de chuvas em janeiro, houve apreensão no mercado. Mas, agora, as precipitações estão retornando e isso atenua a preocupação quanto à produção, o que é fator baixista aos preços”, dizem analistas.

A BOLSA DE NOVA YORK (ICE FUTURES US) – POR LIBRA-PESO

  • Março/2019: US¢ 98,90 (-1,55 cent)
  • Maio/2019: US¢ 102,30 (-1,25 cent)

Na Bolsa de Londres, o robusta teve uma sessão volátil. Houve pressão com as perdas registradas para o arábica em NY. Por outro lado, a valorização do petróleo limitou o movimento negativo do robusta.

CAFÉ ROBUSTA NA BOLSA DE LONDRES (LIFFE) – POR TONELADA

    • Março/2019: US$ 1.511 (+US$ 7)
    • Maio/2019: US$ 1.534 (-US$ 1)

Boi gordo

O mercado do boi gordo sem grandes movimentações nesta quarta-feira, segundo a Scot Consultoria. No fechamento, praticamente não houve alteração nas referências.

Frigoríficos, em sua maioria, não têm tanta facilidade para adquirir matéria-prima, contudo, a necessidade da compra de boiadas não é grande.

Em São Paulo, o preço da arroba está estável e as escalas atendem de três a quatro dias. “Mas não há muito interesse em alongar as programações de abate”, dizem analistas da Scot.

E, mesmo com a oferta baixa, enquanto o motor do consumo não aquecer, é provável que esse continue sendo o quadro dos próximos dias.

Porém, a tendência é que à medida com que janeiro vai ficando para traz e as contas vão sendo quitadas, uma parcela da renda populacional vai sendo destinada para o consumo de carne bovina. Desta forma, espera-se uma demanda mais aquecida este mês, em comparação com o anterior.

Na B3, contratos do boi gordo avançaram, segundo a Agrifatto. O contrato para fevereiro fechou a R$ 151,70 por arroba, alta diária de 0,56%. Já os vencimentos maio e outubro encerraram o dia a R$ 151,05 por arroba (+0,20%) e R$ 157,90 por arroba (0,29%), respectivamente.

BOI GORDO NO MERCADO FÍSICO – ARROBA À VISTA

  • Araçatuba (SP): R$ 152,50
  • Triângulo Mineiro (MG): R$ 145
  • Goiânia (GO): R$ 138
  • Dourados (MS): R$ 139
  • Mato Grosso: R$ 132,50 a R$ 138
  • Marabá (PA): R$ 131
  • Rio Grande do Sul (oeste): R$ 5,10 (kg)
  • Paraná (noroeste): R$ 150
  • Paragominas (PA): R$ 135
  • Tocantins (sul): R$ 134
  • Veja a cotação na sua região

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Dólar e Ibovespa

O dólar comercial fechou esta quarta-feira, dia 13, em alta de 1,05% no mercado à vista, negociado a R$ 3,7530 para venda. A moeda norte-americana reagiu ao movimento de proteção e correção técnica no mercado doméstico com notícias relacionadas a reforma da Previdência, que deve ser aprovada até o terceiro trimestre.

“Isso afasta as chances de o Brasil conquistar o grau de investimento ainda esse ano”, comenta o diretor da corretora Mirae, Pablo Spyer.

A agência de classificação de risco Moody’s aposta que a reforma da Previdência só será aprovada a partir do terceiro trimestre deste ano e com proposta muito “diluída”, gerando economia inferior a R$ 600 bilhões no período de uma década.

“Isso seria negativo para a nota de crédito do país, pois o valor é bem abaixo do que estimado pelo ministro da Economia”, dizem analistas da Safras & Mercado. Paulo Guedes falava em economia de R$ 1 trilhão neste período.

Ao longo da sessão, a moeda norte-americana renovou máximas sucessivas, ficando acima do nível de R$ 3,76 também em movimento de correção, segundo o diretor de uma corretora nacional, após a forte alta no pregão de terça-feira (-1,30%, a R$ 3,7140).

Nesta quinta-feira, além da reforma da Previdência seguir no radar do mercado doméstico após a alta hospitalar do presidente Jair Bolsonaro no início da tarde, o que deve contribuir para avanços da pauta, investidores acompanharão as notícias lá de fora, como os avanços nas tratativas comerciais entre Estados Unidos e China.

Uma comitiva do governo norte-americano está reunida em Pequim para uma nova rodada de conversas com o governo chinês.

O Ibovespa, principal indicador do desempenho das ações mais negociadas na B3, antiga BM&F Bovespa, encerrou o pregão em queda de 0,34%, aos 95.842 pontos. O recorde do índice, de 98.588 pontos, foi registrado no último dia 4.


Previsão do tempo para quinta-feira, dia 14

Sul

A chuva retorna de forma generalizada ao Sul do país. Isso porque há novas áreas de instabilidade associadas a três sistemas: os ventos no alto da atmosfera, os ventos úmidos do oceano e uma baixa pressão na altura do Paraguai. Tudo isso reforça a chuva.

As pancadas ocorrem de forma rápida e intercaladas com períodos de melhoria em toda a região. Não há previsão de grandes volumes acumulados.

Com as aberturas de sol, a temperatura aumenta novamente, mas sem potencial para calor intenso.

Sudeste

A chuva retorna sobre praticamente toda a região Sudeste. Desta vez, o corredor de umidade vindo da região Amazônica será o principal responsável pela chuva, que ocorre de forma mais expressiva no Triângulo Mineiro.

A frente fria avança da costa fluminense para a costa capixaba. Mesmo assim ainda chove no Rio de Janeiro, especialmente nas primeiras horas do dia, com acumulados em torno de 30 milímetros.

Nas demais áreas do Sudeste, exceto no norte mineiro (onde o tempo continua firme), pode chover em forma de pancada rápida e isolada. Os ventos úmidos que sopram do mar contra a costa mantêm céu nublado com pancadas isoladas de Registro (SP) a Paraty (RJ).

Centro-Oeste

O corredor de umidade orientado de Norte a Sudeste do Brasil mantém a condição para pancadas de chuva mais expressivas entre o sul de Goiás e norte de Mato Grosso do Sul.

Em Mato Grosso, instabilidades no alto da atmosfera podem provocar temporais no centro-norte do estado.

Nas demais áreas do Centro Oeste, é o sol que predomina na maior parte do dia. Se chover, é aquela chuva típica de verão, passageira, de fim de tarde e que não deixa grandes acumulados.

O calor persiste em toda a região, mesmo onde há previsão de chuva mais intensa.

Nordeste

A chuva retorna sobre a maior parte do Nordeste, mesmo que em forma de pancadas rápidas e sem grande intensidade. Os maiores acumulados ficam concentrados entre Maranhão e Ceará.

O tempo firme persiste somente no sul baiano.

Norte

A chuva ocorre sobre praticamente toda a região e retorna de forma generalizada ao Tocantins devido instabilidades no alto da atmosfera.

É apenas em Roraima que o tempo firme predomina, com sol entre poucas nuvens.