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Milho: saiba o que pode mexer com o preço na próxima semana

No exterior, as tradings não encontram no trigo suporte mais evidente para  recomposição dos preços. No Brasil, o mercado ignora situação climática e se concentra nos altos estoques de soja, milho e trigo nos EUA

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Foto: Ministério da Agricultura

O Mercado externo não encontra no trigo suporte mais evidente para  recomposição dos preços do milho. No Brasil, o mercado ignora situação climática e se concentra nos altos estoques de soja, milho e trigo nos Estados Unidos. 

Acompanhe abaixo os fatos que deverão merecer a atenção do mercado de milho na próxima semana. As dicas  são do analista da consultoria Safras e Mercado Paulo Molinari:

  •  Paralisação parcial do governo dos EUA, por problemas orçamentários, pode atrasar relatórios do USDA em janeiro;
  •  Mercado internacional precisa ver mais demanda e exportações dos EUA em elevação, já que tem ignorado outros fatores como clima na América do Sul e dólar em desvalorização;
  •  Expectativa de reunião EUA-China no dia 7 de janeiro para discussão da Guerra Comercial;
  • Saída do Brasil na exportação de milho a partir de janeiro pode ajudar um pouco as exportações dos EUA;
  • Argentina com condições normais de clima até o momento e boa condição de chuvas neste início de janeiro;
  • Mercado interno de milho passa a se descolar do quadro de preços de porto para se concentrar no abastecimento exclusivo de mercado interno;
  • Consumidores utilizam a sua tradicional visão de que os estoques são altos e o mercado não terá altas no primeiro semestre. Os estoques estão mais baixos em 5 milhões de toneladas agora em 16 milhões de toneladas nesta transição  de ano comercial, bem abaixo dos 21 milhões de toneladas de 2018. E, em 2018, os preços subiram no primeiro semestre;
  • Somente pela alta dos fretes e maior atenção dos produtores a soja, reduzindo a intenção de venda no milho, os preços podem encontrar espaço para altas até maio;
  • Safra de verão discreta, possivelmente com algumas perdas regionais no Paraná e São Paulo, e consumidores despreparados em estoques para o primeiro semestre concretizam o movimento de alta interna independente do quadro externo;
  • Segunda safra 2019 mais complicada devido à boa janela de plantio, tendência de maior plantio nos EUA em detrimento da soja, Argentina com safra normal e câmbio podendo encontrar forte valorização com o novo governo brasileiro;
  • Mercado dependerá muito da exportação no segundo semestre de 2019.