Milho

Milho: veja o que pode mexer com o mercado nesta semana

O USDA está  projetando uma safra recorde nos EUA para 406 milhões de toneladas, uma recuperação da demanda em 25 milhões de toneladas e um estoque recorde de 84 milhões

Colheita de milho em lavoura
Foto: Governo de Minas Gerais

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) está  projetando uma safra recorde nos EUA para 406 milhões de toneladas, uma recuperação da demanda em 25 milhões de toneladas e um estoque recorde de 84
milhões para a safra nova. Além disso, somente uma variável de clima poderia redefinir este quadro para preços nos
próximos 90 dias na CBOT.

Acompanhe abaixo os fatos que deverão merecer a atenção do mercado de milho na próxima semana. As dicas são do
analista da Safras Consultoria, Paulo Molinari.

  • Argentina com a metade da safra colhida e avançando forte nas exportações;
  • Petróleo em leve recuperação, mas ajudando a conter as pressões nas indústrias de etanol dos EUA;
  • Reativação da economia nos EUA continua sendo a chave para os mercados;
  • Europa reabrindo em vários pontos e até com certo otimismo para a demanda;
  • Chuvas atingem o Paraguai, Paraná e Mato Grosso do Sul na semana e colaboram para cessar as perdas na safrinha estas localidades;
  • Contudo, Londrina e São Paulo receberam chuvas discretas e podem acelerar perdas ainda;
  • Risco continua sendo geadas em maio e junho nas localidades do Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraguai;
  • Câmbio fortemente desvalorizado ajusta preços a R$ 50/51 nos portos e pode sugerir um melhor avanço nas exportações;
  • Por enquanto, o Brasil ainda precisa se esforçar para competir com EUA e Argentina na exportação de milho para ultrapassar 30 milhões de toneladas neste ano;
  • Sem fortes vendas pelos produtores, as exportações não avançarão da forma necessária já que somente o câmbio não garante fluxo de embarques;
  • Demanda global podendo se recompor no segundo semestre podem ajudar as vendas do Brasil;
  • Sem grandes alterações na demanda interna brasileira até o momento, mas com a entrada da safrinha o foco é o preço de porto.