Milho

Milho: veja o que pode mexer com os preços na próxima semana

O mercado ainda digere os números do relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos; saiba mais

Foto: Ascom/ Seagri

O mercado ainda está digerindo o relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que foi divulgado na quinta-feira, dia 8. O analista da Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias diz a quais outros pontos o produtor de milho deve ficar atento na próxima semana.

  • Na publicação de novembro, o órgão norte-americano elevou a safra global 2018/2019 para 1,098 bilhão de toneladas e os estoques finais para 307,51 milhões de toneladas. O volume armazenado, aliás, surpreendeu o mercado, que esperava 158,6 milhões de toneladas;
  • Sobre a safra americana, o USDA promoveu cortes em linha com a expectativa dos players internacionais. Os Estados Unidos devem colher 14,6 bilhões de bushels, volume abaixo dos 14,8 bilhões de bushels indicados em outubro e aquém dos 14,7 bilhões esperados pelo mercado. Os estoques finais também ficaram abaixo da expectativa, estimados em  1,736 bilhão de bushels;
  • O relatório semanal de evolução da colheita também é um norte importante para os preços. Com a expectativa de tempo bom para os próximos dias, a tendência é de bom andamento do trabalho de campo;
  • No mercado doméstico, o quadro apresentou algumas mudanças na primeira quinzena de novembro. Os produtores reduziram a fixação de oferta no país. Em contrapartida, alguns consumidores passam a se deparar com estoques encurtados, resultando em preços mais altos em diversos estados;
  • No mercado paulista, esse movimento se torna ainda mais evidente, justificando o comportamento da B3 nos últimos dias;
  • A trajetória cambial após as eleições foi muito diferente do previsto, com a paridade oscilando entre R$ 3,65 para US$ 1 e R$ 3,75 para US$ 1. Segundo a Safras & Mercado, não há muito espaço para valorizações agressivas no curto prazo, avaliando o cenário internacional de aversão ao risco, além da política do Fed (banco central dos EUA) em relação à taxa básica de juros norte-americana;
  • Os preços nos portos encontraram algum espaço para reação nessas condições. No disponível a indicação em Santos foi posicionada entre R$ 36 e R$ 36,50.