Preço do frango sobe 26% nos supermercados em um ano

Especialistas acreditam que valores podem ser reajustados novamente para o consumidorO consumidor tem pagado mais caro pela carne de frango. Em um ano, o preço do produto subiu 26% nos supermercados. Os produtores atribuem a elevação aos altos custos de produção e especialistas acreditam que os valores nas prateleiras devem sofrer novos reajustes até o fim do ano.

Rita de Cássia gasta 50% do orçamento doméstico com alimentação, principalmente com a compra de carnes. Ela sentiu rápido os efeitos do aumento nos preços no frango registrados nos últimos meses. O consumo do produto, que antes era feito três vezes na semana, agora é só uma vez. Mas se o frango não estiver na promoção, a saída é substituí-lo.

? Tem que substituir por ovos, salsicha, outras coisas. Sempre tem um jeitinho brasileiro ? explica.

Entre junho e julho deste ano, a carne de frango no atacado subiu em média 16%. Saiu de R$ 2,55 para R$ 2,95 o quilo. No mesmo período, a carne bovina recuou 10%, passando de R$ 5,50 para R$ 4,94 o quilo. Apesar de achar que os reajustes foram menores, a União Brasileira de Avicultura reconhece que o preço do frango tem subido nos supermercados. De acordo com o Secretário-Executivo da entidade, João Tomelim, o aumento nas etiquetas é consequência dos altos custos de produção.

? Nós podemos verificar que houve uma majoração de preços, no caso do milho de 52% nos últimos 12 meses; da soja, de 75%, sendo que no mercado internacional esses aumentos foram bem mais expressivos. Temos que lembrar que do custo de produção do frango 70% são insumos, fora outros itens que também foram majorados. Na verdade esses custos não foram todos repassados ao consumidor.

Nos últimos meses, as constantes elevações no preço da carne bovina levaram muitas pessoas a optarem pelo frango. Mas agora, as altas nos preços deste produto tem preocupado o consumidor. De acordo com especialistas, pelo menos até o fim do ano, novos reajustes devem ser feitos no preço da carne de frango. Eles acreditam que, somente à curto prazo, haverá redução do consumo.