Produtores brasileiros de manga querem triplicar exportações

Franceses e canadenses saboreiam frutas baianasA Cooperativa dos Pequenos Produtores de Frutas de Livramento e Região (Copefrul), na Bahia, que em novembro e dezembro de 2008 realizou sua primeira exportação de manga, num total de 150 toneladas, pretende triplicar este resultado em 2009. Para isso, de acordo com a gestora do projeto de Fruticultura na Região de Livramento, Mônica Rizério, estão sendo providenciadas as certificações GlobalCap e PIF (Produção Integrada de Frutas), acreditado pelo Instituto Baiano de Metrologia, Normalização e

Eles comemoraram no início de novembro a saída do primeiro contêiner para exportação. Foram 22 toneladas de mangas vendidas para o Canadá por meio da empresa Agrolime-Limes Agrobusiness Comércio e Exportação de Frutas Ltda. Os produtores não pararam por aí. No dia 27 de novembro eles exportaram mais cinco contâineres, com 22 toneladas cada, de manga da variedade tommy atkins para o Canadá e para a França.

O presidente da Copefrul, Antônio Alves Silva, disse que a exportação das mangas foi um fato inédito na cooperativa e deixou os produtores entusiasmados.

? O Sebrae/BA nos proporcionou um diferencial com o conhecimento na área de comercialização, oferecendo cursos e promovendo missões técnicas e comerciais, através do programa do Sebrae Comércio Brasil, onde conhecemos novos mercados. Hoje muitas mangas que eram jogadas fora, porque não tínhamos condições de comercializar, agora são exportadas. Queremos triplicar a exportação.

A coordenadora da Carteira de Agronegócio II do Sebrae/BA, Célia Fernandes, informou que a Copefrul terá R$ 200 mil do Edital do Sebrae para Comércio Justo.

? Os recursos serão investidos em ações de mercado e para que a Copefrul garanta o Fair Trade, que é a certificação do Comércio Justo, uma certificação social garantindo que o produto vem da agricultura familiar, que a Cooperativa trabalha de forma sustentável, preservando o meio ambiente, sem trabalho infantil ou escravo ? explica.

Governo adota medidas para reduzir prejuízos dos produtores com a seca – 07/01/2009 15:21:17 
As chuvas que caíram sobre o Paraná nos últimos dias começam a normalizar o déficit hídrico do solo, mas não eliminam as perdas já sofridas nas lavouras com a estiagem que prejudicou o Oeste entre os meses de novembro e dezembro. A Secretaria da Agricultura e do Abastecimento projeta uma perda de três milhões de toneladas de grãos, entre feijão, soja e milho. Com isso a safra recorde que se esperava inicialmente, de 32,2 milhões de toneladas, não será mais atingida, disse o secretário Valter Bianchini.

Parte dessas perdas poderá ser recuperada com o plantio da safrinha que se inicia neste mês de janeiro se o clima colaborar, lembrou o secretário. Para auxiliar o produtor, a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento criou uma comissão especial que irá se reunir semanalmente para acompanhar a comercialização da safra de verão e o encaminhamento dos pedidos de perícia. Estima-se que dos 80 mil contratos de custeio da safra de verão feitos entre bancos e produtores, cerca de 20% devem solicitar a perícia para ressarcimento do seguro agrícola.

A comissão, que terá participação de representantes da Faep, Fetaep, Ocepar, Banco do Brasil, Cresol e Sicredi, foi definida durante reunião realizada nesta quarta-feira (07) na Secretaria. A mesma comissão irá, ainda, orientar o produtor em relação às melhores técnicas para dar sustentação ao plantio da safrinha. Projeções do Banco do Brasil e da Cresol, cujos representantes estavam na reunião, poderão ser apresentadas entre 15 mil e 20 mil solicitações de perícia em função da seca.

Em cinco dias, o Banco do Brasil contabilizou o encaminhamento de 6,5 mil solicitações de perícia. A Cresol, instituição que atende os pequenos agricultores familiares nas regiões Sudoeste, Oeste, Centro e Noroeste do Estado contabilizou o encaminhamento de 1,8 mil pedidos nos últimos dias, que somam R$ 15 milhões em financiamentos de custeio. O Sicredi, outra instituição que atendem os agricultores familiares recebeu 600 pedidos. As instituições financeiras acreditam que até a próxima semana devem chegar mais três mil pedidos para perícia nas propriedades.

A comissão irá acompanhar também a comercialização da safra de verão para evitar o agravamento das perdas ao produtor. Segundo Bianchini, é preciso manter o produtor informado das reações de começam a surgir no mercado nos preços do feijão, milho e da soja. O impacto mais imediato será sentido nos preços do feijão, que pararam de cair e começam a subir novamente no mercado. Bianchini acredita também que haverá uma reação mais vigorosa no preço do milho com a possível retomada das exportações.

Outro ponto acertado na reunião será a participação da Emater-PR e de técnicos da iniciativa privada no atendimento às solicitações, para não deixar os produtores desamparados. A comissão especial irá tratar da normatização de todas as questões envolvidas com as vistorias de seguros, encaminhando com rapidez para Brasília as demandas que dependem de decisão do governo federal.

Para o secretário Bianchini, a safrinha de milho, feijão e até mesmo a soja, que começa a ser plantada agora, ganham uma importância maior no Paraná para recuperação de parte dos prejuízos avaliados em R$ 1,5 bilhão até agora. A Secretaria irá adotar uma série de medidas e políticas públicas como garantias de preço mínimo, linhas de crédito, zoneamento e recomendações de variedades para esse período para garantir o planejamento das lavouras.