As empresas são: Vinícola Gilioli, Vinícola Casa Motter, Indústria e Comércio de Bebidas Del Colono, Indústria Vinícola São Luiz, VT Vinhos, Vinhos Bampi, Cooperativa Vitivinícola Forqueta, Cooperativa Vinícola Victor Emanuel, Santini Indústria Vinícola, Vinícola Capelletti, I.A. Sandi, Adega Silvestri e Indústria e Comércio de Bebidas CMS.
Os testes foram realizados pelo Laboratório Nacional Agropecuário do Rio Grande do Sul (Lanagro/RS) e apontaram a presença de substâncias proibidas. A prática foi constatada em exames de rotina realizados pelos fiscais federais agropecuários.
Amostras de vinhos suaves de 53 indústrias foram colhidas pelo SIPOV/RS. A partir do recebimento dos laudos de análises com resultado positivo, as empresas envolvidas foram fiscalizadas novamente e houve a apreensão dos lotes, novas colheitas de amostras em outros lotes e outras bebidas que não tinham sido amostradas inicialmente. Todas as marcas foram intimadas para que as empresas envolvidas recolham do mercado os lotes com resultado positivo.
O membro do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), Darci Dani, falou ao Rural Notícias, que é “impossível de saber há quanto tempo o produto é usado”. E que, ainda no ano passado, as empresas foram obrigadas a recolher os produtos do mercado.
– Agora deve sair a multa, que terá que ser paga. Trata-se de saúde pública, de lei de proteção ao consumidor – afirmou.
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Substância proibida
A natamicina é um antifúngico comumente usado no tratamento de superfície de queijos e embutidos. Sua presença como aditivo intencional em sucos e vinhos não é permitida no Brasil, nem nos demais países da América e da Comunidade Europeia. Poucos países, como África do Sul (vinhos e sucos de frutas) e China (somente em sucos de frutas), permitem o uso da substância como conservante.
A substância, no entanto, é utilizada em produtos para desinfetar as adegas, garrafas ou mesmo rolhas, o que pode ser a origem dos resíduos no vinho.
O caso de contaminação mais famoso dos últimos anos aconteceu em 2009, quando 120 mil garrafas de oito marcas de vinho argentino foram retiradas do mercado alemão, devido à presença do fungicida natamicina, também conhecido como paramicina, em sua composição.
