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Ministério Público denuncia trabalho infantil nas lavouras de tabaco da região Sul

Indústria diz que a prática faz parte dos costumes da agricultura familiarO Ministério Público (MP) denunciou em audiência pública no Senado nesta quarta-feira, dia 2, o uso de trabalho infantil nas lavouras de tabaco da região Sul. A indústria se defendeu. Alega que a prática faz parte dos costumes da agricultura familiar. 

Para o MP, cerca de 80 mil crianças e adolescentes trabalham no cultivo e preparo das folhas de fumo no Estado. Segundo a procuradora Margareth Matos, essa realidade se estende ao Rio Grande do Sul e a Santa Catarina. Na região existem cerca de 200 mil famílias que produzem o fumo.

O MP acredita que os pais das crianças são obrigados a usar o trabalho infantil para cumprir os contratos. Para a indústria a realidade é outra: o trabalho infantil é um costume familiar.

? O setor fumageiro das empresas é totalmente contra qualquer tipo de trabalho infantil a qualquer título. A agricultura familiar tem as suas peculiaridades, entre elas a participação das crianças no plantio com a família, até porque os pais não tem como deixá-los nas suas casas ? disse o presidente do Sindifumo, Iro Schunke.

De acordo com a procuradora do Trabalho Margareth Matos, as condições impostas pela indústria do tabaco para os produtores em regime de economia familiar não possibilita que haja a contratação de um adulto em substituição ao trabalho de crianças e adolescentes.

? Então é usada mão-de-obra gratuita, que seria um dos seus filhos ou sua esposa, se não tem como dar conta de toda a produção ? acrescenta ela. 

O Ministério do Trabalho estuda maneiras para cobrar da indústria o fim do trabalho infantil no processo produtivo.

? Nós precisamos melhorar a fiscalização e num futuro muito próximo toda a cadeia produtiva de fumo terá uma certificação, de modo que todas essas coisas equivocadas que acontecem sejam erradicadas da cultura do tabaco ? afirmou o assessor especial da pasta, Flávio Zacher.

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