Movimento de altas nos preços do milho perde força

Vendedores retraídos e leilão da Conab ajudam a limitar valores

O movimento de forte alta nos preços do milho perdeu força na última semana de janeiro, mas os valores ainda seguem firmes na maior parte das regiões acompanhadas pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). 

Segundo os colaboradores da instituição, houve retração por parte dos vendedores, que esperavam novas altas, enquanto compradores seguiram relutantes em fechar novos negócios. Eles explicam que isso resultou na sustentação dos preços no mercado físico, mesmo com a colheita avançando no Sul e Sudeste, pois o volume disponibilizado ainda é pequeno. Já os contratos futuros com vencimentos mais recentes sinalizam leve queda.

Com a forte alta acumulada nos preços do milho nos últimos meses, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) deverá realizar um leilão nesta segunda-feira, dia 1, quando serão colocadas à venda 148,02 mil toneladas do grão, ou cerca de 0,27% do consumo estimado na temporada 2014/15. Este leilão do governo federal poderá diminuir o impacto altista sobre os preços em algumas regiões, principalmente porque os valores do mercado spot estão acima dos preços de abertura do leilão. 

O indicador Esalq/BM&FBovespa, referente à região de Campinas, teve queda de 2,31% nos últimos sete dias, fechando a R$ 42,27/saca de 60 quilos na sexta-feira, dia 29. Se considerados os negócios também em Campinas, mas com prazos de pagamento descontados pela taxa NPR, a média à vista foi para R$ 41,85/sc, queda de 2,42% na mesma comparação. Em janeiro, as altas são de 14,77% e 14,88%, respectivamente.