Novo terminal no Brasil torna exportação mais rentável, prevê ADM

Companhia espera que compra no Estado do Pará possa facilitar as exportações de grãos da região central do BrasilA companhia norte-americana Archer Daniels Midland (ADM) espera que o novo terminal portuário que comprou no Estado do Pará possa facilitar as exportações de grãos da região central do Brasil, de acordo com o diretor operacional Juan Luciano. A ADM não revelou os termos do acordo, que ainda depende de aprovação das entidades reguladoras. Luciano afirmou que o terminal exportava minerais, mas será convertido em uma unidade para grãos a granel e fertilizantes.

O Brasil, segundo maior exportador mundial de soja e terceiro maior fornecedor de milho, atualmente embarca quase todos os grãos por meio dos portos do Sul, como Santos e Paranaguá. Produtores e exportadores costumam reclamar sobre gargalos e custos elevados, pois os portos costumam ficar sobrecarregados durante o período de colheita de cana-de-açúcar, no meio do ano.

– O novo porto vai permitir que exportemos produtos por meio do corredor Norte do Brasil, tornando mais rápido e mais rentável transportar as safras dos pontos de origem no centro do país – declarou o presidente da ADM para a América do Sul, Valmor Schaffer, em comunicado enviado por e-mail.

– Como a rede de transportes do Norte continua se desenvolvendo, acreditamos que ter um porto na região Norte do país vai nos ajudar a continuar a ampliar nossos negócios – declarou.

Especialistas dizem que as melhorias em infraestrutura serão essenciais, pois o Brasil busca continuar expandindo sua produção de importantes commodities agrícolas, como soja, açúcar e café. É um objetivo antigo conectar de forma eficiente o principal Estado produtor de grãos, Mato Grosso, por rodovias ou ferrovias até os portos do Norte ou por meio dos rios da Bacia Amazônica. Estimativas iniciais indicam que o país deve colher uma safra recorde de soja, de 80 milhões de toneladas neste ano, possivelmente superando os Estados Unidos como maior produtor mundial da oleaginosa.

A ADM se recusou a revelar quando pretende começar as operações do novo terminal de grãos. Em nota à imprensa, a companhia de commodities declarou que planeja dobrar a capacidade de estocagem do terminal portuário e equipá-lo para trabalhar com embarcações Panamax. O terminal terá capacidade para movimentar três milhões de toneladas de produtos por ano. As informações são da Dow Jones.