Na ação, também foram aplicados cerca de R$ 160 mil em multas e apreendidos 600 m³ de madeira serrada (aproximadamente 30 caminhões cheios), 6 m³ de carvão e um barco utilizado no transporte do produto florestal ilegal das áreas de extração até a capital. Toda a madeira apreendida foi doada à 8ª Região Militar do Exército, à Cáritas Arquidiocesana de Belém, ao Batalhão de Polícia Ambiental e às prefeituras de Santa Isabel e Marituba para ser utilizada em obras sociais.
Concentrados numa das mais importantes rodovias da área metropolitana da cidade, os empreendimentos fiscalizados eram uns dos principais fornecedores de madeira para a construção civil da capital paraense. Entre as espécies vendidas irregularmente no local, estavam essências amazônicas como virola, quaruba, cupiúba e mandioqueira. A madeira, segundo os comerciantes autuados, era adquirida da população ribeirinha na região do Marajó e da foz do rio Tocantins.
? Essas árvores foram extraídas de matas ciliares (nas margens dos rios) e várzeas. São lugares ecologicamente sensíveis. Sem a proteção da floresta, estas áreas perdem suas capacidades de estabilizar o solo e permitir a infiltração da água, por exemplo. Poucos lucram com a venda deste tipo de madeira ilegal, mas o prejuízo para o meio ambiente é muito grande. E, no futuro, a conta acaba sendo paga por todos ? explica o chefe da Divisão de Fiscalização do Ibama no Pará, Paulo Maués.
Segundo o Ibama, a Quintal II voltará a acontecer, ainda neste ano, em outros pontos de venda ilegal de madeira na capital do Estado. Na primeira versão da operação, realizada em janeiro do ano passado, também foram fechados estabelecimentos que vendiam madeira sem licença ambiental, aplicados cerca de R$ 600 mil em multas e apreendidos aproximadamente 1,8 mil m³ de madeira serrada.