Paralisação na Ceagesp provoca prejuízos nas lavouras, segundo agricultores

Produtores relatam que atraso de dois dias na colheita de frutas e legumes fez com que cultivares passassem do pontoOs dois dias de paralisação da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), em São Paulo (SP), provocaram prejuízos a produtores rurais. Muitos suspenderam a colheita em função do não funcionamento da central. A retomada do trabalho no local, por sua vez, foi lenta, já que caminhoneiros enfrentaram longas filas para entregar os alimentos. O agricultor Adilson Nakahara, de Mogi das Cruzes (SP), afirma ter deixado de embarcar seis toneladas de caqui entre quarta, dia 28, e qu

– Está maturando bem no pé. O que amadureceu vai ser perdido. Quanto maior o atraso, maior a perda. Não tem jeito – relata.

O produtor Luciano Assis disse, durante a manhã, que a espera para descarregar e carregar no entreposto é longa e cansativa.

– Esperei pelo menos quatro horas. E não devo entrar antes das 18h. Pode esquecer – lamentou.

Ainda no início do dia, foi necessário controlar o entra e sai. Os portões foram fechados para evitar o caos dentro da Companhia, conforme o agricultor Sidnei Casemiro.

– Todos os portões estão fechados. Ninguém entra e está difícil até para sair também – aponta.

A confusão começou nesta quarta, quando iniciaram as manifestações contra o edital que prevê um novo sistema de controle do estacionamento no local. Para dar fim ao protesto, a direção da Ceagesp suspendeu a medida por 15 dias, prorrogáveis por mais 15, para discussão dos pontos em que há divergência.

O mercado de hortifrutigranjeiros também sofreu consequências. Segundo o gerente de um estabelecimento Jaelson Carvalho, em dias normais, são recebidos três caminhões de frutas, legumes e verduras. Com o desabastecimento, algumas prateleiras ficaram vazias. 

– Faltou manga, mamão, vários tipos de produtos. Frutas e legumes – conta.