Agricultura

Paraná estuda criação de centro de inteligência artificial no agro

A estrutura pretende reunir e estimular parcerias entre pesquisadores, startups e empreendedores gerando novas tecnologias e produtos

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Foto: Pixabay

O Ministério da Ciência vai criar oito centros de pesquisa em inteligência artificial. Quatro ficaram em São Paulo e os demais espalhados pelo país. O Paraná quer atrair um desses centros para Londrina, aproveitando a vocação local na área de pesquisa em agronegócio e o ambiente acadêmico proporcionado pela presença da Universidade Estadual de Londrina (UEL) e de várias instituições de ensino superior e de pesquisa.

Representantes de instituições de ensino superior, de pesquisa, entidades civis e empresas relacionadas à área do agronegócio participaram de reunião terça-feira, 26, para debater a estruturação do Centro de Inteligência Artificial em Agro, que deverá ser viabilizado por meio de parceria entre a área pública e privada.

O encontro foi virtual e reuniu mais de 70 pessoas, entre elas o superintendente-geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI), Aldo Bona; o presidente da Fundação Araucária, Ramiro Wahrhaftig; o ex-reitor da UFPR, Zaki Akel Sobrinho, representando o Biopark Academic Ventures; a chefe da Regional da Casa Civil Londrina, Sandra Moya; e o reitor da UEL, Sérgio Carvalho.

A estrutura pretende reunir e estimular parcerias entre pesquisadores, startups e empreendedores relacionados ao agronegócio gerando novas tecnologias e produtos.

Segundo o reitor da UEL, o debate acontece exatamente no momento em que várias universidades públicas buscam maior aproximação com a iniciativa privada, visando estimular a inovação.

O superintendente da Seti, Aldo Bona, afirmou que a proposta defendida por várias entidades de Londrina vem ao encontro com a estratégia de desenvolvimento defendida pelo governo do Paraná, que busca ampliar oportunidades a partir de novas tecnologias, modernizando a economia do estado.

Para o presidente da Fundação Araucária, Ramiro Wahrhaftig, Londrina tem hoje expertise reconhecida nos seus sistemas de inovação, incluindo a área do agronegócio. Ele disse que este ambiente pode encontrar amparo no sistema de ensino superior do Paraná, que concentra mais de 20 mil doutores em várias áreas do conhecimento, ativo comparado a São Paulo, considerando a relação de doutores por 100 mil habitantes.

As entidades interessadas trabalham agora para escrever o projeto e participar de edital do governo federal, envolvendo a iniciativa privada.