>>Revestimento com partículas nanotecnológicas conserva melhor os alimentos
O professor e pesquisador da Unicamp, Nelson Durán, conta que foi pensando em retardar este processo que a pesquisa foi desenvolvida. A proteção química é aplicada por meio de imersão das frutas em uma solução desenvolvida em laboratório, em um segmento de pesquisa conhecido como “agronanotecnologia”. Quando seco, o produto a envolve como uma camada protetora, evitando perda de água e a invasão de micro-organismos que degradariam o alimento. E isso sem a necessidade de colocá-lo na geladeira.
Os pesquisadores acreditam que o tempo de retardo do “envelhecimento” das frutas pode ser ainda maior, em torno de 30 dias ou mais, se combinado com as técnicas convencionais de resfriamento, já utilizadas hoje.
– Há a possibilidade de combinar os dois efeitos, o de congelamento e o da aplicação da película de prata – explica Durán.
O processo ainda é feito manualmente, mas no futuro, poderá ser todo realizado com maquinários para atender a grande demanda por produtos com maior durabilidade. A expectativa é de que a técnica seja utilizada também em verduras, já que o princípio é o mesmo. O NanoBioss foi criado em 2013, com a fusão dos Laboratórios de Química em Estado Sólido (LQES) e de Química Biológica (LQB). A Unicamp já está registrando a patente e no curto prazo a invenção poderá ser comercializada.